Paracoccidioidomicose: desafios no desenvolvimento de uma vacina contra micose endêmica nas Américas
AUTOR(ES)
TABORDA, Carlos. P., URÁN, M.E., NOSANCHUK, J. D., TRAVASSOS, L.R.
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-09
RESUMO
RESUMOA paracoccidioidomicose (PCM), causada por Paracoccidioides spp, é importante micose endêmica na América Latina. Com base em diferenças filogenéticas, existem duas espécies reconhecidas de Paracoccidioides, P. brasiliensis e P. lutzii, no entanto, a patogênese e as manifestações clínicas de ambas são indistinguíveis atualmente. Aproximadamente 1853 (~51,2%) de 3583 mortes confirmadas, atribuídas a micoses sistêmicas de 1996-2006, no Brasil foram causadas por PCM. Tratamento antifúngico é necessário para pacientes com PCM. O tratamento inicial dura de dois a seis meses e derivados de sulfa, anfotericina B, azóis e terbinafina são utilizados na prática clínica; no entanto, apesar da terapêutica prolongada, as recaídas ainda são um problema. Uma resposta imune celular eficaz, tendendo a Th1, é essencial para controlar a doença que pode ser induzida por antígenos exógenos, ou moduladas por vacinas profiláticas ou terapêuticas. A estimulação de células B ou a transferência passiva de anticorpos monoclonais também são meios importantes que podem ser utilizados para melhorar a eficácia do tratamento da paracoccidioidomicose no futuro. Esta revisão detalha criticamente os principais desafios que o desenvolvimento de uma vacina para combater a PCM enfrenta.
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