Para além dos feminismos: uma experiência comparada entre Guiné-Bissau e Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Estud. Fem.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo: Embora tenham suas especificidades - geográficas, demográficas, políticas, econômicas, étnicas e raciais, tanto o Brasil quanto a Guiné-Bissau são ex-colônias portuguesas e apresentam-se como duas realidades sociais em que as mulheres negras, etnicamente diferenciadas e racializadas, elaboram um novo tipo de feminismo a partir de suas relações com ações coletivas dos seus grupos de pertença na reivindicação dos próprios direitos. Referindo-se à América Latina, Lugones (2008) demonstrou como a colonialidade do poder, resultante da experiência e da hierarquia racial da colonização, significou também uma colonialidade de gênero, mas, em que medida é também uma realidade para o contexto africano? Como procuramos demonstrar, o próprio conceito de raça e, consequentemente, de racismo, assumem dinâmicas diferenciadas nas duas sociedades. E o uso do conceito de gênero parece ser mais importante para pensar como as desigualdades se estruturam no Brasil, se comparado à experiência nos países africanos, particularmente na Guiné-Bissau. Nosso objetivo é analisar a experiência do "feminismo negro" nos dois países, numa perspectiva comparada. Buscamos compreender em que medida essas duas realidades apresentam cenários similares no que tange às lutas ideológicas, políticas e sociais das mulheres.

ASSUNTO(S)

feminismo mulher negra mulher africana gênero diferença

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