Para além da paz liberal? respostas ao "retrocesso"

AUTOR(ES)
FONTE

Contexto Internacional

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

A ortodoxia familiar de construção da paz liberal depende da transplantação e da exportação de condicionalidade e dependência, com vistas a consolidar um contrato social entre populações, seus governos e o Estado, em que repouse uma paz liberal legítima e consensual. O que, com frequência, ocorre, é uma forma híbrida de paz liberal, sujeita a críticas locais poderosas, à resistência, por vezes, e à percepção de que a construção da paz internacional está fracassando em corresponder às expectativas. Em termos kantianos, os problemas com que a paz liberal tem se deparado e a crise pela qual está hoje passando podem ser denominados "retrocesso". Tem sido particularmente notável que a construção da paz liberal não vem sendo capaz de construir políticas unidas a partir de fragmentos territoriais no Kosovo, na Bósnia, no Afeganistão, no Iraque, no Sri Lanka e mesmo na Irlanda do Norte, onde alguns ou todos de seus elementos estão em desenvolvimento. Isso indica uma necessidade ou de reforma do modelo liberal para a paz, ou de estabelecimento de uma capacidade de coexistência desse modelo com alternativas, ou de substituição do modelo. Este artigo examina uma gama de questões inerentes ao paradigma de construção da paz liberal, algumas causas de "retrocesso" e o que pode ser feito no que tange a tais causas, no sentido de utilizar a construção da paz para criar um novo contrato social e atingir o que se poderia muito bem ser uma forma "híbrida liberal-local" de paz.

ASSUNTO(S)

construção da paz liberal construção do estado retrocesso contrato social

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