Papel do receptor P2X3 e da ativação da proteína kinase C épsilon dos neurônios nociceptivos periféricos na dor inflamatória / Role of P2X3 receptor and PKC epsilon activation of peripheral nociceptive neurons on inflammatory pain
AUTOR(ES)
Filipe César do Prado
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Enquanto a hiperalgesia inflamatória depende da liberação de prostaglandinas e/ou de aminas simpatomiméticas que sensibilizam os neurônios aferentes primários, nosso grupo demonstrou recentemente que o bloqueio do receptor P2X3 no tecido periférico previne a hiperalgesia induzida pela carragenina.. No entanto, o mecanismo pelo qual a ativação dos receptores P2X3 neuronais contribui para a hiperalgesia inflamatória não está completamente estabelecido. O presente estudo verifica se a ativação do receptor P2X3 dos neurônios aferentes primários contribui para a hiperalgesia mecânica induzida pela prostaglandina E2 ou pela dopamine no tecido periférico. A co-administração de A317491 (60 µg / paw), um antagonista seletivo do receptor P2X3, ou o prétratamento com dexametasona (1 mg / mL / kg), preveniu a hiperalgesia mecânica medida 3 horas depois da administraçao de carragenina (300 µg / paw) na pata posterior de ratos. A administração de ??meATP (50 µg /paw) induziu hiperalgesia mecânica 1 hora, mas não 3 horas, depois da sua administração, que foi prevenida pela dexametasona ou pelo A317491. Doses sublimiares de PGE2 (4 ng / paw) ou dopamina (0.4 µg / paw) que não induzem hiperalgesia por si só, induziram hiperalgesia, 3 horas depois, quando administradas logo depois de ??meATP ou carragenina em ratos tratados com dexametasona. Esses estados de hiperalgesia ("priming") revelados pelas doses sublimiares de PGE2 ou dopamine foram prevenidos pelo A317491 ou pelo tratamento com administração intraganglionar (DRG-L5) de ODN antisense, mas não pelo ODN mismatch, contra o receptor P2X3 (40 µg /5µL once a day for 4 days). ODN antisense, mas não o ODN mismatch, reduziu a expressão dos receptores P2X3 no nervo safeno e no DRG-L5. Para verificar se a PKC? media esse estado de hiperalgesia, inibidor de translocação de PKC? (1 µg/paw) foi administrado no tecido periférico 45 minutos antes do ??meATP ou PGE2 (100 ng/paw). O inibidor de PKC? preveniu o estado de hiperalgesia induzido pelo ??meATP ("priming"), mas não a hiperalgesia mecânica induzida pela PGE2 (100 ng/paw). Dessa maneira, os resultados desse estudo sugerem que a hiperalgesia inflamatória depended a ativação dos receptores P2X3 neuronais e da subsequente translocação da PKC? , que aumenta a susceptibilidade dos neurônios aferentes primários (priming) à ação de outros mediadores inflamatórios como a PGE2 e as aminas simpatomiméticas
ASSUNTO(S)
receptor p2x3 dor - inflamação proteina quinase c-épsilon p2x3 receptor inflammatory pain protein kinase c-epsilon
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000773770Documentos Relacionados
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