Pandemia de COVID-19 e as atividades de ensino remotas: riscos ergonômicos e sintomas musculoesqueléticos dos docentes do Instituto Federal Catarinense

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioterapia e Pesquisa

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO O objetivo da pesquisa foi avaliar os sintomas osteomusculares e os riscos ergonômicos dos ambientes de trabalho dos docentes do Instituto Federal Catarinense (IFC). Participaram 140 docentes, que responderam a um questionário online sobre informações sociodemográficas, realização de tarefas, ambiente de trabalho e dor musculoesquelética. Os dados foram analisados por meio de uma regressão logística binária separadamente para cada desfecho, utilizando como variáveis dependentes: dores no pescoço, no ombro direito e na coluna lombar. A prevalência de dor entre os professores foi de 94,7%, e as regiões mais frequentes foram o pescoço, a coluna lombar e o ombro direito. Os principais riscos ergonômicos observados foram: sobrecarga mental (estresse), mesa de trabalho e monitor inadequados. Foi observada associação entre dor no pescoço e docentes que apresentaram maior sobrecarga mental (estresse), não fazem atividade física e usam o computador por mais de 20 horas por semana; dor no ombro direito e docentes que não fazem atividade física, usam o computador por mais de 20 horas por semana, cuja mesa de trabalho não estava ao nível do cotovelo e sem espaço para apoiar os antebraços. Ainda, a dor na coluna lombar foi associada ao grupo de mulheres com carga horária de aula semanal maior que 15 horas e com doença crônica. Os resultados encontrados possibilitam a adaptação dos ambientes de trabalho dos docentes para a prevenção de dor, a melhoria da qualidade de vida e do ensino.

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