PALMEIRAS EXÓTICAS AMEAÇAM PALMEIRAS NATIVAS: RISCO PARA A BIODIVERSIDADE VEGETAL DA MATA ATLÂNTICA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/10/2018

RESUMO

RESUMO As plantas invasoras podem modificar profundamente as características físicas e biológicas de seus novos ambientes, especialmente quando esses habitats já estão fragmentados e reduzidos pela pressão antropogênica, como a Mata Atlântica do Brasil. Aqui, nós hipotetizamos que as palmeiras exóticas se estabelecem com sucesso entre as populações naturais de Euterpe edulis através de entrada contínua de propágulos pela avifauna, altas taxas de germinação e rápido crescimento. Como resultado, a palmeira nativa está sofrendo declínio e pode estar ameaçada de extinção. A partir de 2007, realizamos um inventário florestal contínuo (FCI) a cada três anos nos fragmentos florestais primários e secundários de Viçosa, Minas Gerais. Usamos uma matriz de Markov para projetar futuras distribuições de palmeiras. A floresta secundária continha três espécies de palmeiras exóticas: Archontophoenix alexandrae, Livistona chinensis e Arenga caudata. A primeira palmeira é um sério risco para as populações naturais de E. edulis na Mata Atlântica, devido às interações freqüentes com as aves, à rápida germinação e à colonização agressiva nos estratos verticais inferior e médio da floresta. Atualmente, as populações naturais de E. edulis são viáveis e sustentáveis, capazes de regeneração, crescimento e frutificação, pois suas comunidades mantêm o fluxo gênico contínuo, dominando os estratos verticais da floresta em comparação com as palmeiras exóticas. No entanto, palmeiras exóticas devem ser monitoradas e medidas de controle devem ser analisadas, especialmente em áreas com populações de A. alexandrae.

ASSUNTO(S)

archontophoenix alexandrae euterpe edulis invasão biológica

Documentos Relacionados