Paidéia e utopia na pedagogia da libertação de Paulo Freire

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A paidéia na Grécia clássica e, em particular, na República, de Platão, tem uma conotação de libertação na medida em que se fundamenta na arete (virtude) e na aletheia (verdade). Ela prepara o homem grego para gozar da liberdade conquistada e ser dono do seu destino. Ela é, também, desmistificadora, pois derruba os ídolos da mentira e da falsidade - a ideologia. O método de formação utilizado por Sócrates é a maiêutica, constituída de perguntas e respostas numa relação dialógica com os educandos. O método da paidéia é, portanto, o dialógico. Paulo Freire, quando anuncia a educação como prática da liberdade e elabora uma pedagogia que se origina no oprimido, se aproxima em conteúdo, método e finalidade da prática pedagógica socrática tal como nos é apresentada por Platão e Xenofonte. No entanto, o motor que estimula a ação pedagógica é a utopia, tanto nos textos de Platão quanto nos de Paulo Freire. A utopia, não como o não - lugar, mas como a esperança que se atualiza, no sentido de Ernst Bloch. Assim, para entender as posições assumidas pelos autores trabalhados, utilizamos o método histórico em uma pesquisa bibliográfica que nos permitiu interpretar obras como a Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Esperança, Educação como prática da liberdade, de Paulo Freire, bem como Princípio Esperança, Ernst Bloch, a República, de Platão e a Paidéia, de W. Jaeger, entre outras.

ASSUNTO(S)

education, higher freire, paulo - 1921-1997 educação humanística educação - finalidades e objetivos educação grega educacao educação - filosofia education, humanistic education education education, greek ensino superior - dissertações

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