PÁGINAS DA ESCRAVIDÃO: RAÇA E GÊNERO NAS REPRESENTAÇÕES DE CATIVOS BRASILEIROS NA IMPRENSA E NA LITERATURA OITOCENTISTA
AUTOR(ES)
Maia, Ludmila de Souza
FONTE
Rev. Hist. (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/01/2018
RESUMO
Resumo Com a proibição do comércio atlântico de escravos em 1850 para o Brasil, as elites proprietárias tiveram que se adaptar a essa nova realidade, e tanto literatura como imprensa discutiram a questão escrava e seu futuro. Nesse contexto, é perceptível a emergência de uma nova sensibilidade em relação à escravidão, em que se observa a centralidade da mulher escravizada na década de 1850. Eu argumento que tais discussões apresentam um sentido duplo, pois tanto se relacionam com os debates antiescravistas que ocorriam em outras partes do Atlântico, como também com a questão brasileira que se via diante da necessidade de reproduzir a escravidão internamente. Essa análise se baseia nos textos de duas escritoras, a francesa Adèle Toussaint e a brasileira Nísia Floresta, e os discuto em diálogo com outras obras literárias e artigos da imprensa da década de 1850. Este artigo pretende-se, ainda, uma contribuição aos estudos sobre ideias antiescravistas para períodos anteriores à década de 1860 e, principalmente, considera a participação de mulheres nesses debates.
ASSUNTO(S)
escritoras escravidão brasileira século xix
Documentos Relacionados
- Ridícula incoerência?: raça e escravidão na imprensa ilustrada da corte - 1884-1886
- Nas linhas da literatura: um estudo sobre as representações da escravidão no romance O mulato, de Aluísio Azevedo
- Honradas senhoras &bons cidadãos : gênero, imprensa e sociabilidades no Recife oitocentista
- Jihad e escravidão: as origens dos escravos muçulmanos da Bahia
- Capítulo 8 - Gênero, raça e poder na literatura