Padronização do metodo imunoenzimatico celular-CELISA-para detecção de aloanticorpos leucocitarios
AUTOR(ES)
Sandra Trevisan Beck
DATA DE PUBLICAÇÃO
1998
RESUMO
Convencionalmente, a sensibilização aos antígenos HLA é definida pelo nível de reatividade do soro do paciente contra painel de linfócitos de pelo menos 30 indivíduos HLA distintos, empregando-se o método de citotoxicidade dependente de complemento (COC). A necessidade de obtenção de linfócitos viáveis torna o método difícil de ser processado num curto espaço de tempo. O presente trabalho teve por objetivos: a padronização do método CELlSA, passível de automação, utilizando-se suspensões desidratadas de linfócitos T, armazenadas em microplacas a -20°C; e a avaliação de sua sensibilidade e especificidade em relação ao método de COC e potencializado com antigamaglobulina humana (COC-AGH). Partindo de soros controles HLA-positivos e HLA-negativos, foram avaliados os seguintes pontos: tipo de placas poliestireno disponíveis no mercado; tampões bloqueadores de sítios inespecíficos; concentração do conjugado e métodos de tratamento do soro, descritos a seguir. Com o uso de solução bloqueadora constituída de tampão TRIS/HCL (pH 7,6), 0,1% de Triton-X-100, 1% de soro de coelho e 3% de leite em pó desnatado, os três tipos de placas avaliadas mostraram resultados semelhantes. Recomenda-se portanto, o uso de SX104 linfócitos por escavação (SOµ I de 1X106/PBS), devido ao fato de que concentrações maiores resultaram em aumento de reações inespecíficas e concentrações menores diminuíram a sensibilidade do teste. Antes da realização dos testes, as amostras de soro devem ser previamente congeladas, posteriormente tratadas com trombina e centrifugadas, pois soros de alguns pacientes com desordem de coagulação, apresentam restos de fibrina, mesmo após a retração do coágulo, levando a resultados falsos-positivos. A comparação de 226 provas cruzadas revelou 75,2 % de concordância entre os métodos CELlSA e COC e 81,4% entre os métodos CELlSA e COC-AGH, utilizando-se soros de gestantes no primeiro trimestre de gestação e pacientes renais crônicos politransfundidos. Em relação à boa ou à má evolução do enxerto renal, não foi possível avaliar a relevância de aloanticorpos detectados pelos métodos CELlSA ou COC-AGH, devido ao pequeno número de pacientes transplantados, incluídos no estudo. Finalmente conclui-se que o método de CELlSA se mostrou útil para a pesquisa de anticorpos anti-linfocitários, com sensibilidade compatível com o método COC potencializado por AGH. Entretanto, anticorpos da classe IgM ou de baixa avidade não seriam detectados pelo método CELlSA. Este fato, porém, não invalida o objetivo proposto, de determinação do nível de RCP na amostra pré-transplante. O método também pode ser empregado, rotineiramente, para acompanhar a evolução da RCP em amostras de soro de pacientes renais crônicos, colhidas ao longo do tempo. Quando não for possível a caracterização das especificidades, recomenda-se a realização da RCP pelo método COC-AGH, que, embora mais trabalhoso e dependente de células viáveis, é, como o CELlSA, nitidamente mais sensível que o método COC clássico
ASSUNTO(S)
antigenos de histocompatibilidade hla ensaio imunoenzimatico imunoglobulinas
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000122870Documentos Relacionados
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