Padrões de variação geografica em Thrichomys aperoides (Rodentia: Echimyidae)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A variação geográfica na forma craniana do roedor Thrichomys apereoides foi examinada em 21 amostras populacionais das regiões nordeste, central e sudeste do Brasil. Descritores geométricos de forma foram gerados para as perspectivas ventral, lateral e tridimensional do crânio. Cada perspectiva do crânio mostrou variabilidade própria na forma craniana entre as amostras populacionais, produzindo diferentes padrões de variação craniana na morfologia. A dimensionalídade da variação entre as amostras populacionais na forma craniana não foi descrita completamente no espaço reduzido das duas primeiras variáveis canónicas, sendo necessários, para a descrição dos padrões de variação geográfica, dendrogramas que somariam a variação morfológica no espaço de dimensão completa das variáveis canónicas. A perspectiva ventral do crânio apresentou a maior quantidade de informação em função do objetivo de delimitar grupos de populações que compartilham semelhança na forma craniana e continuidade no espaço geográfico. A análise de variáveis canónicas e o dendrograma baseado nas distâncias de Mahalanobis revelaram três grupos de populações diagnosticáveis por aspectos de forma craniana e continuidade geográfica. Um grupo incluí as amostras populacionais de localidades no Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e oeste da Bahia; um segundo grupo inclui as amostras populacionais de localidades no centro e sul da Bahia e no norte de Minas Gerais; um terceiro grupo inclui uma amostra de Serra da Mesa no estado de Goiás e outra de Barão de Melgaço no estado de Mato Grosso. A descontinuidade morfológica observada entre o primeiro e o segundo grupo de amostras populacionais pode ser resultado de processos históricos, podendo o rio São Francisco ser a barreira física responsável pela diferenciação morfológica observada. Os nomes infia-espeaficos para os taxa de T. apereoides disponíveis na literatura podem ser associados com as três unidades geográficas reveladas neste estudo pelos padrões de variação na forma craniana. Todavia, no momento não existem dados disponíveis para avaliar os limites geográficos e o grau de independência, viz, específica ou infra-específico, entre as três unidades geográficas. Por conseguinte, nenhum dos nomes existentes na nomenclatura taxonômica formal foi alocado a qualquer uma destas unidades geográficas.

ASSUNTO(S)

evolução molecular

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