Padrões de variação da diverdidade alfa na floresta pluvial Atlântica brasileira / Patterns of alpha diversity variation in the Brazilian atlantic rainforest

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/11/2011

RESUMO

Padrões de diversidade de espécies existem e são estudados em uma variedade de sistemas e escalas espaciais. Diferentes fatores geográficos e ambientais têm sido associados à variação na de diversidade em áreas florestadas, entretanto, ainda não existe um consenso na comunidade científica quanto à importância e à influência destes fatores em relação ao aumento ou diminuição da diversidade. Estudos pontuais de florística e fitossociologia no Brasil têm possibilitado o estabelecimento de alguns padrões e inferências sobre os fatores que afetam diretamente a diversidade dos sítios. A Floresta Ombrófila Densa ou Floresta Pluvial Atlântica (FPA) distribui-se ao longo de toda a costa brasileira. Apresenta elevada riqueza de espécies e um grande número de espécies endêmicas. Suas fitofisionomias são classificadas de acordo com a latitude e altitude em que ocorrem. Propomos neste estudo investigar os padrões de distribuição da diversidade alfa em sítios localizados em toda área de ocorrência da Floresta Pluvial Atlântica, procurando identificar centros de diversidade, a relação entre a distribuição da diversidade alfa e variáveis ambientais e a padrões de distribuição dos táxons (família, gêneros e espécies) ao longo da FPA. Utilizamos como medida de diversidade o índice de Shannon (H ) e separamos as tabelas fitossociológicas por região geográfica. Os resultados apontaram para uma maior diversidade alfa na região sudeste brasileira, principalmente nos estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Utilizamos regressões múltiplas e análises de correspondência canônica (CCA) para verificarmos correlações entre variáveis ambientais e índices de diversidade (H , ChaoI e C de Simpson). Nossos resultados demonstraram uma relação positiva entre latitude, altitude e longitude e os índices H e ChaoI e uma relação negativa para C, em ambas as análises. Considerando os níveis taxonômicos analisados (família, gêneros e espécies), predominou o padrão de distribuição geográfica restrita. Myrtaceae apresentou a maior diversidade hierárquica e a maior constância relativa entre todas as famílias analisadas. Ocotea e Eugenia foram os dois únicos gêneros que apresentaram constância relativa acima de 80%. Dentre as espécies analisadas, nenhuma apresentou constância relativa >80%

ASSUNTO(S)

diversidade biológica latitude - variação ecologia de comunidades biological diversity latitude variation community ecology

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