Padrões alimentares e significados da alimentação de gestantes de baixo risco

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar o padrão alimentar e os significados que a alimentação tem para gestantes. Métodos: Estudo transversal em oito unidades de saúde de Fortaleza, Ceará, com 201 gestantes. Utilizou-se questionário socioeconômico e de saúde, Teste de Associação Livre de Palavras e Questionário de Frequência Alimentar. Os padrões alimentares foram identificados pelo método de análise fatorial por componentes principais. Utilizou--se a regressão de Poisson, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: Três padrões alimentares foram identificados: brasileiro atual (feijão, arroz, carnes processadas, gorduras, pães refinados, massas, refrigerante, açúcares e doces, biscoitos), saudável (frutas e sucos de frutas, vegetais, cereais integrais, frutos do mar, laticínios) e denso em energia (salgados, pipoca, salgadinho, macarrão instantâneo, tubérculos e frango). As mulheres que não receberam orientação sobre alimentação no pré-natal mostraram menor chance de aderir ao padrão brasileiro atual (RP=0.87), o que fez com que alimentos típicos da dieta do brasileiro fossem pouco consumidos entre elas. Para a maioria das mulheres, o significado da alimentação foi ser importante e saudável, porém representar esses significados não mostrou associação com nenhum dos padrões alimentares identificados. No entanto, aquelas que não perceberam a alimentação como algo que deve ser saudável apresentaram maior chance de adesão ao padrão denso em energia (RP=1.18), padrão que deve ser visto com cuidado, pois o ganho de peso excessivo pode repercutir negativamente na gravidez. Conclusão: As orientações alimentares no pré-natal e o modo como as gestantes percebem sua alimentação podem influenciar nas escolhas alimentares na gravidez.

ASSUNTO(S)

comportamento alimentar

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