Padrões alimentares do café da manhã e associação com índice de massa corporal em adultos brasileiros

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/06/2018

RESUMO

O estudo teve como objetivo investigar as relações entre o índice de massa corporal (IMC), o fato de deixar de tomar o café da manhã e os padrões alimentares do café da manhã dos adultos brasileiros. Analisamos os dados de 21.003 brasileiros entre 20 e 59 anos de idade, entrevistados na Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. O café da manhã foi definido como a ocasião de maior consumo usual de alimentos (superior a 50Kcal/209,2kJ) entre 5 e 10 da manhã. Os padrões alimentares foram derivados pela análise fatorial de 18 grupos alimentares (consumo usual). Regressões lineares foram usadas para verificar as associações da realização do café da manhã e dos padrões de café da manhã com o IMC, levando em conta o delineamento do inquérito. Não tomar o café da manhã não teve associação com IMC. Foram observados três padrões para o café da manhã (48% de variabilidade): Norte brasileiro (carga positiva para carnes, pratos feitos com milho, ovos, tubérculos/raízes/batatas, laticínios, salgadinhos/bolachas, sucos/bebidas de fruta/bebidas com soja); Ocidental (carga positiva para sucos/bebidas de fruta/bebidas com soja; sanduiches/pizza, salgados assados/fritos, chocolate/sobremesas, bolo/biscoitos) e Sudeste brasileiro (embutidos, leite, queijo, café/chá, pão). O padrão do Sudeste brasileiro esteve inversamente associado ao IMC, enquanto o padrão do Norte brasileiro diretamente associado. Os resultados sugerem um possível papel para a qualidade do café da manhã na associação com o IMC. Assim, um consumo usual de café da manhã típico do Sudeste brasileiro pode estar associado inversamente ao IMC.

ASSUNTO(S)

desjejum comportamento alimentar Índice de massa corporal análise fatorial

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