Pacientes internados em unidade de terapia intensiva que não adotam postura antigravitacional apresentam maiores chances de óbito

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/09/2019

RESUMO

RESUMO Ainda há poucos marcadores de desempenho funcional com capacidade de predizer óbito em unidades de terapia intensiva (UTI). O objetivo do presente estudo foi identificar a associação entre a não adoção de postura antigravitacional e óbito em pacientes internados em uma UTI adulto. Trata-se de um estudo retrospectivo e analítico, realizado através da análise de prontuários. A associação entre a não adoção de postura antigravitacional e óbito foi testada por regressão logística múltipla ajustada por sexo, idade, gravidade da doença (mensurada pelo Acute Physiology and Chronic Health Classification System II [Apache II]), tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI) e tempo de sedação. A odds ratio (OR) foi estimada com intervalo de confiança de 95%. Foram incluídos no estudo 92 pacientes sequenciais. Houve forte associação entre a não adoção de postura antigravitacional em UTI e óbito (ORajustada=37,7; IC=4,76-293; p=0,001). Conclui-se que pacientes que não adotaram postura antigravitacional durante o internamento em UTI apresentaram chances muito mais elevadas de mortalidade. Essa simples estratégia de classificação da capacidade funcional de pacientes críticos pode ser utilizada rotineiramente por equipes de saúde como uma variável simples e dicotômica de prognóstico de mortalidade em UTI.ABSTRACT Until now, few functional performance markers are able to predict death in Intensive Care Units (ICUs). This study aimed to identify the association between non-adoption of antigravity posture and death in patients admitted to an adult ICU. It is a retrospective and analytical study, performed through the analysis of medical records. Association between non-adoption of antigravity posture and death was tested by multiple logistic regression adjusted for gender, age, disease severity (measured by Acute Physiology and Chronic Health Classification System II [Apache II]), time of invasive mechanical ventilation (IMV), and period of sedation. The odds ratio (OR) with confidence interval (CI=95%) was estimated. A total of 92 sequential patients were included in the study. A strong association between the non-adoption of antigravity posture in the ICU and death (ORadjusted=37.7, CI=4.76-293, p=0.001) was observed. Thus, one can conclude that patients who did not adopt an antigravity posture during ICU admission had a much higher odds of mortality. This simple strategy to classify functional capacity of critical patients can be routinely used by the team as a simple and dichotomous variable for ICU mortality prognosis.

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