OXYGEN CONSUMPTION AND AMMONIA EXCRETION OF THE ANTARCTIC AMPHIPOD Bovallia gigantea PFEFFER, 1888, AT DIFFERENT TEMPERATURES AND SALINITIES

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. oceanogr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

O orçamento energético de animais ectotérmicos antárticos estenotérmicos e/ou estenohalinos é fortemente modulado pelas variações da temperatura e da salinidade. O efeito conjunto desses fatores em animais polares é pouco estudado. Dados sobre esse assunto são necessários para avaliar a demanda energética de organismos antárticos, como os anfípodes, principalmente devido a sua importância ecológica e aos possíveis impactos ocasionados por mudanças globais. Os experimentos foram realizados na Estação Antártica Brasileira "Comandante Ferraz", em condições controladas. Indivíduos de Bovallia gigantea coletados na Baía do Almirantado foram aclimatados às temperaturas de 0ºC, 2,5ºC e 5ºC e às salinidades de 35, 30 e 25. Foram realizadas 30 medições para cada uma das nove combinações possíveis entre os fatores. Foram mensurados o consumo de oxigênio e a excreção de produtos nitrogenados, em câmaras respirométricas seladas. A 0ºC e 2,5ºC, as taxas metabólicas de indivíduos aclimatados às salinidades 30 ou 35 foram muito semelhantes, indicando um possível mecanismo de independência metabólica à temperatura. A 5,0ºC, as taxas metabólicas foram sempre mais elevadas. Os efeitos da temperatura sobre as taxas de consumo de oxigênio e de excreção de produtos nitrogenados foram intensificados pela diminuição da salinidade. Indivíduos de B. gigantea apresentam independência térmica das taxas metabólicas em uma pequena janela de variação, que pode ainda ser modificada pela salinidade.

ASSUNTO(S)

antártica anfípodes adaptações metabólicas temperatura salinidade bovallia gigantea

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