Ovulation dynamics and artificial insemination in fixed time in Toggenburg goats with induced estrus / Dinâmica ovulatória e inseminação artificial em tempo pré-determinado em cabras com estro induzido

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Estudou-se com 90 cabras da raça Toggenburg de três diferentes categorias (lactantes, não lactantes e nulíparas) o efeito da indução hormonal nos seguintes parâmetros: o intervalo médio do final do tratamento hormonal ao início do estro (IE), a duração média do estro (DE) e a taxa de gestação (TG). Todas as cabras utilizadas no estudo foram submetidas a uma pré-indução de estro pelo fotoperíodo artificial por 60 dias (14 de luz e 10 de escuro), e as induções hormonais ocorreram em três etapas, com 65, 73 e 100 dias após o termino do tratamento com luz. A indução hormonal consistiu no uso de esponjas intravaginais contendo 60 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP, Dia 0) por seis dias, na administração intravulvo-submucosal de 37,5 μg de prostaglandina sintética, e intramuscular de 200 UI de eCG (Dia 4). Nos animais de T1 e T2 as esponjas foram inseridas e removidas e os hormônios administrados sempre pela manha, e nos de T3 pela tarde. As cabras pertencentes ao T1 foram inseminadas 11,3 4,0 h após o início do estro, e aquelas que permaneceram em estro receberam uma segunda inseminação com 35,2 6,0 h, as do T2 e T3 receberam duas doses de sêmen cada, sendo estas em tempo fixo com relação à remoção da esponja, correspondendo a 35,0 2,2 h e 58,2 2,1 h em T2, e 46,3 1,4 h e 66,1 2,3 h em T3. Quanto ao intervalo estro 1 inseminação e estro 2 inseminação em T2 foi de 10,7 18,9 h e 12,5 19,5 h, e T3 8,3 25,4 h e 14,4 24,4 h. Houve diferença significativa (P<0,05) com relação aos intervalos 1IA, estro 1IA, 2IA e estro 2IA em função dos tratamentos. A percentagem de animais em estro também diferiu (P<0,05) entre os tratamentos sendo, T1 64,3%, T2 96,1% e T3 65,5%. O IE foi em média 49,0 22,0 h e a DE 32,5 19,6 h, não ocorrendo diferença entre categorias e tratamentos (P>0,05), mas sim com relação ao grupo de indução de estro, sendo IE e DE de 30,8 12,9 h e 40,2 25,0 em GI, 54, 8 13,9 h e 32,3 13,3 h em GII, e 66,7 23,2 h e 21,7 13,3 h em GIII (P<0,05). Detectou-se uma correlação negativa (r-0,47) entre DE e IE (P<0,05). A TG foi de 21,0% em T1, 30,8% em T2 e 34,5% em T3, não havendo diferença (P>0,05). Intervalo da retirada da esponja à ovulação (IO), intervalo do estro a ovulação (IEO) e intervalo das inseminações à ovulação. Foi feito o monitoramento ultrassonográfico transretal com auxilio de uma probe de 5 MHZ de 30 animais, sendo 10 de cada tratamento do 1 grupo de indução de estro, a cada oito horas a partir da retirada da esponja ate a ovulação. O IO não apresentou diferença (P>0,05) entre os tratamentos e categorias, sendo 49,9 8,2 h, 54,4 10,1 h e 53,4 12,3 h para T1, T2 e T3, respectivamente. O IEO também não diferiu (P>0,01), sendo 24,3 6,7 h, 23,7 12,3 h e 18,1 26,3 h. Através desse monitoramento pudemos observar que as inseminações foram feitas com 12,1 10,6 h e 11,4 7,9 h em T1, -18,0 10,6 h e 10,6 12,4 h em T2, e 6,4 12,6 h e 10,6 12,4 h em T3, não havendo diferença (P>0,05) com relação aos tratamentos. A taxa de ovulação foi de 80% em T1, 100% em T2 e 100% em T3, mostrando-se ser um bom protocolo para indução de estro em cabras fora da estação reprodutiva. Com esses dados sobre ovulação podese ajustar o protocolo de IATF, obtendo-se melhores resultados.

ASSUNTO(S)

dinâmica ovulatória indução de estro ovulation dynamics insemination in fixed time reproducao animal induced estrus inseminação em tempo pré-determinado

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