Otimização da produção do xarope de açucar invertido atraves do uso de resinas de troca-ionica

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/12/1998

RESUMO

A sacarose proveniente da cana-de-açúcar é uma matéria-prima abundante em nosso país com uma produção anual de cerca de 12 milhões de toneladas. A utilização desse açúcar para a produção de açúcar líquido pode ser uma alternativa economicamente viável, uma vez que a utilização do açúcar na forma líquida facilita o manuseio e o transporte e tem uma ampla utilização na indústria alimentícia. O termo "açúcar líquido" se aplica igualmente para uma simples solução de sacarose em água como para misturas mais complexas, as quais podem conter vários açúcares (sacarose, glicose e frutose) além de outros constituintes, por exemplo, sais orgânicos ou inorgânicos. Porém, o principal interesse desse trabalho foi otimizar a produção do xarope de açúcar invertido (55% de inversão) através da utilização de resinas de troca-iônica. A grande vantagem da utilização do xarope invertido se deve ao fato de combinar a elevada solubilidade da frutose à difícil cristalização da glucose, conferindo um maior poder adoçante e diminuindo os riscos de cristalização. O processo de obtenção do xarope invertido (55%) se iniciou com a descoloração do xarope de sacarose através da eluição em duas colunas contendo resinas aniônicas e subsequente eluição através da coluna de resina catiônica, responsável pela hidrólise da sacarose no grau de inversão desejado. Para a otimização do processo foi utilizada a metodologia de análise de superfície de resposta, através de dois planejamentos fatoriais completos 23, um para a etapa de descoloração do xarope e outro para a inversão propriamente dita. As variáveis foram a concentração do xarope de sacarose, a taxa de aplicação e a temperatura, para os dois planejamentos. A condição otimizada partiu de um xarope de sacarose 60°B eluído a 4VL/h através das colunas aniônicas, a IRA-958 (acrílica) e a IRA-900 (estirênica) operando a 58°C, para então ser invertido na coluna contendo resina IR 120 a 2VL/h e 38°C. O produto final obtido foi de alta qualidade, ou seja, com baixos teores de hidroxi metil furfural (HMF), cor e cinzas, inodoro, sem objeções ao paladar e estável microbiologicamente.

ASSUNTO(S)

resinas de troca ionica refrigerantes

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