Ostras tropicais cruas como fonte de Vibrio parahaemolyticus multirresistentes
AUTOR(ES)
COSTA, Renata Albuquerque, ARAÚJO, Rayza Lima, VIEIRA, Regine Helena Silva dos Fernandes
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-06
RESUMO
O presente estudo objetivou determinar o perfil de suscetibilidade a antimicrobianos de cepas de Vibrio parahaemolyticus oriundas de ostras “in natura” e congeladas comercializadas em Fortaleza-Brasil. Oitenta e sete (87) cepas foram submetidas ao antibiograma com emprego de nove antibióticos: gentamicina (Gen 10 µg), ampicilina (Amp 10 µg), penicilina G (Pen 10U), ciprofloxacin (Cip 5 µg), cloranfenicol (Clo 30 µg), ácido nalidíxico (Nal 30 µg), tetraciclina (Tet 30 µg), vancomicina (Van 30 µg) e eritromicina (Eri 15 µg). Todas as cepas mostram-se resistentes a pelo menos um antibiótico, e 85 (97,7%) apresentaram multirresistência, com predomínio do perfil Van+ Pen+Amp (n = 46). Foi detectada resistência plasmidial a Pen, Amp e Eri. Dessa forma, o risco que o consumo de ostras cruas representa para a saúde dos consumidores merece ser destacado, uma vez que esses bivalves podem ser veículos de transmissão de micro organismos multirresistentes a fármacos antibacterianos.
Documentos Relacionados
- Caracterização de Vibrio parahaemolyticus isolados de ostras e mexilhões em São Paulo, Brasil
- Isolamento de Vibrio parahaemolyticus e Vibrio cholerae em ostras, Crassostrea rhizophorae, coletadas em um criadouro natural no estuário do rio Cocó, Fortaleza, Ceará, Brasil
- Vibrio parahaemolyticus produtores de urease isolados a partir de ostras (Crassostrea rizophorae) coletadas in natura em restaurantes e mexilhões (Perna perna) de banco natural
- Panophthalmitis caused by Vibrio parahaemolyticus.
- Urease-positive Vibrio parahaemolyticus strain.