Osteoporose e perda auditiva: resultados da Pesquisa Nacional do Exame de Saúde e Nutrição da Coreia de 2009 a 2011

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

Resumo Introdução: A perda auditiva associada ao envelhecimento é a disfunção sensorial mais comum em idosos. Na osteoporose, a massa dos ossículos diminui e afeta a densidade óssea da cóclea, o que irá interferir na transmissão do som para a mesma. A perda auditiva associada à idade pode estar intimamente relacionada à osteoporose. Objetivo: Determinar a relação entre deficiência auditiva relacionada à idade e osteoporose, investigar a relação entre perda auditiva e densidade óssea cortical avaliada a partir da densidade mineral óssea do colo do fêmur. Método: Utilizamos dados da Korea National Health and Nutrition Examination Survey para examinar as associações entre osteoporose e perda auditiva associada ao envelhecimento de 2009 a 2011. O número total de participantes foi de 4.861, incluiu 2.273 homens e 2.588 mulheres com 50 anos ou mais. A osteoporose foi definida como densidade mineral óssea com 2,5 desvios-padrão abaixo da média, de acordo com a classificação diagnóstica da Organização Mundial da Saúde. A perda auditiva associada ao envelhecimento foi definida como as médias de tom puro das frequências de teste de 0,5, 1, 2 e 4 kHz a um limiar de 40 dB ou superior no lado da audição mais afetado. Resultados: O T-score total do fêmur (p < 0,001), o T-score da coluna lombar (p < 0,001) e o T-score do colo do fêmur (p < 0,001) foram significantemente menores no grupo com osteoporose em comparação ao grupo normal. Os limiares de médias de tom puro foram significantemente diferentes nos grupos normais em comparação com aqueles com osteopenia e osteoporose. Além disso, houve limiares significantemente maiores de médias de tom puro no grupo com osteoporose em comparação com os outros grupos (p < 0,001). Após o ajuste para todas as covariáveis, a odds ratio da perda auditiva mostrou estar significantemente aumentada em 1,7 vez com densidade mineral óssea reduzida no colo do fêmur (p < 0,01). No entanto, a densidade mineral óssea da coluna L não se associou estatisticamente à perda auditiva (p = 0,22). Conclusão: Nossos resultados sugerem que a osteoporose está significantemente associada ao risco de perda auditiva. Além disso, a densidade mineral óssea da coluna lombar não se correlacionou com a perda auditiva, apenas a densidade mineral óssea do colo do fêmur foi significantemente correlacionada.

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