Os signos satíricos do feminino no espaço do "não-caber": os processos de criação de Sílvia Teske

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo investigar os processos de criação em linguagem visual de Sílvia Teske, procurando dar visibilidade à elaboração estética de seu estilo singular de criação plástica. Um dos principais postulados dessa investigação é o de que a compreensão de como operam os processos de criação de um sujeito que cria plasticamente constitui um lócus privilegiado tanto para a investigação do funcionamento do psiquismo humano em movimento, quanto para a visibilidade da consciência estética contemporânea, uma vez que o sujeito criador é, simultaneamente, produtor cultural e produto da cultura. O sujeito estudado é Sílvia Teske, artista visual, graduada em Licenciatura em Artes Plásticas, nascida e residente em Brusque, Santa Catarina. A matriz teórico-epistemológica da presente investigação é a Psicologia Histórico-Cultural de Vygotski e o método utilizado é o proposto pelo psicólogo Bielorusso em sua obra. Foram dois os recursos metodológicos utilizados nessa pesquisa: 1) Entrevistas e 2) Videografia. Os registros videogravados foram coletados em dois momentos: 1) Durante a realização das entrevistas; 2) Em sessões em que o sujeito estava criando in loco em seu ateliê. Dois processos de criação foram escolhidos para serem analisados, por constituírem as principais atividades criadoras do sujeito no momento da investigação: 1) a pintura em tela e 2) a assemblage a partir da criação de objetos tridimensionais # denominados #caixinhas# - utilizando técnicas mistas. Na análise dos dados procurou-se encontrar uma unidade na poética visual criada por Sílvia Teske. Constatou-se que o universo feminino é uma temática constante em suas obras e que o sujeito criador faz uso do humor e da sátira para construir, desconstruir e/ou reconstruir os signos visuais que constituem seu trabalho, de forma lúdica e dialética. Conseqüentemente, as criações plásticas de Sílvia Teske podem ser lidas como uma crítica social da condição feminina na contemporaneidade, objetivada em signos visuais.

ASSUNTO(S)

criação (literária, artística, etc.) psicologia artes plásticas sílvia teske

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