Os odontoideum: relato de caso
AUTOR(ES)
Pinho, André Rodrigues, Moutinho, Vitorino Veludo, Silva, Nuno Paulo Alegrete, Serdoura, António Francisco Martingo, Freitas, Joana Manuel Ferreira, Pinto, Rui Alexandre Peixoto, Cabral, Abel Vitorino Trigo
FONTE
Coluna/Columna
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
OBJETIVO: Relatar as dificuldades no tratamento de um caso de os odontoideum. MÉTODOS: Paciente do sexo feminino com 12 anos de idade que desenvolveu tetraparesia após trauma cervical discreto em outubro de 2005. No departamento de emergência, constatou-se uma anomalia cervical congênita. A paciente foi colocada em cama Stryker® e alguns dias depois, em colete Halo Vest. Depois de 3 meses, ocorreu infecção em torno dos pinos e foi preciso remover o colete. Houve persistência de instabilidade C1-C2 grave, tentando-se a resolução com a técnica de Gallie C1-C2. Nas semanas seguintes, o enxerto desapareceu e outro procedimento foi tentado em junho de 2006 - laminectomia de C1 e fusão occipital-C3. Nos meses posteriores, o estado neurológico da paciente melhorou e verificou-se massa de fusão completa occipital-C3. RESULTADOS: Escolhemos a artrodese cervical posterior C1-C2 usando a técnica de Gallie. Uma vez que o problema não se resolveu, realizamos uma segunda cirurgia, laminectomia de C1 (determinada por SAC de 8, 3 mm na RM) seguida de fusão occipital-C3. Em nosso caso, até agora, não há evidência de descompensação axial, mas é necessário um período maior de acompanhamento. CONCLUSÕES: o tratamento de os odontoideum tem muitas considerações, mas é essencial, na presença de instabilidade e déficit neurológico, obter fusão sólida. Em caso de falha de amarrilho atlanto-axial posterior, a fusão occipital-C2 ou C3 com hastes parece ser uma opção excelente, com alta taxa de sucesso, evitando a necessidade de suporte complementar.
ASSUNTO(S)
processo odontoide processo odontoide vértebras cervicais traumatismos da coluna vertebral
