Os mortos e feridos na “guerra às drogas”: uma crítica ao paradigma proibicionista
AUTOR(ES)
RYBKA, Larissa Nadine, NASCIMENTO, Juliana Luporini do, GUZZO, Raquel Souza Lobo
FONTE
Estud. psicol. (Campinas)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-03
RESUMO
Resumo A crítica ao proibicionismo, paradigma de política de drogas globalmente hegemônico, tem como ponto de partida a emergência da própria “questão das drogas”, em âmbito internacional, há aproximadamente um século. As motivações, as estratégias e os desdobramentos desse paradigma serão analisados em torno dos dois eixos que o constituem: a medicalização e a criminalização (ambos associados a questões morais profundamente arraigadas nas sociedades que o adotaram. O presente artigo se deterá nas particularidades do processo brasileiro, desde a implantação do proibicionismo, no início do século XX, até a sua configuração atual de “guerra às drogas”, engendrada nos anos 1960. Nessa trajetória, a partir dos anos 1970, vozes dissonantes oriundas de diversos campos de conhecimento e de ação política têm se erguido. A explicitação dos objetivos não declarados da “guerra às drogas” (que a tornam, afinal, vitoriosa) e a construção de políticas públicas alternativas por esses atores têm gerado tensões e fissuras importantes na política de drogas vigente.
ASSUNTO(S)
crime direitos humanos drogas medicalização
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