Os litores da nossa burguesia: o MÃdia sem MÃscara em atuaÃÃo partidÃria (2002-2011) / The lictors of our bourgeoisie: the MÃdia Sem MÃscara in partisan action (2002-2011)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/03/2012

RESUMO

Investigamos nesta dissertaÃÃo a atuaÃÃo partidÃria do grupo organizado em torno do website MÃdia Sem MÃscara (www.midiasemmascara.org) entre os anos de 2002 e 2011. Ele se constitui em 2002, no contexto das eleiÃÃes presidenciais que elegeram Luiz InÃcio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, apresentando-se como um observatÃrio de imprensa, sob a responsabilidade de seu principal organizador Olavo de Carvalho. Este propunha atravÃs do MÃdia Sem MÃscara agrupar uma sÃrie de intelectuais de direita em torno de um componente ideolÃgico: o anticomunismo. ApÃs aquela eleiÃÃo houve rÃpida ascensÃo anticomunista na mÃdia brasileira, elemento de pressÃo sobre o Partido dos Trabalhadores para que cumprisse os compromissos assumidos com a burguesia e o imperialismo. ExplicaÃÃo que nÃo à suficiente para caracterizar o avanÃo de um movimento organizado de tipo fascista, que iremos analisar atravÃs dos limites do ultraliberalismo como projeto histÃrico-social, incapaz de solucionar as crises do capital-imperialismo. Nesta conjuntura o anticomunismo serviu como base ideolÃgica comum para o âespectroâ fascista da sociedade, um movimento organizador visando o acirramento da luta de classes. O MÃdia Sem MÃscara partiu destas bases militando por um projeto fascista â ainda nÃo plenamente desenvolvido, jà que determinado pela conjuntura. O fascismo à compreendido aqui como um fenÃmeno nascido com o imperialismo, cuja funÃÃo polÃtica e social primÃria à o de reorganizar o bloco no poder de maneira brutal durante a crise aberta, para a manutenÃÃo e reproduÃÃo da sociedade de classes â o que denota seu carÃter de luta aberta contra a classe trabalhadora e suas organizaÃÃes, de maneira geral contra qualquer avanÃo conquistado pelas classes exploradas. Isto nÃo significa que qualquer crise abre caminho para a alternativa fascista, mas à pela perspectiva de ruptura institucional que os movimentos fascistas contemporÃneos organizam-se. Esta à uma das prerrogativas do que podemos chamar de terceira âondaâ fascista, ideologicamente distinta das anteriores pela aceitaÃÃo dos pressupostos econÃmicos ultraliberais e organizativamente pela Ãnfase na formaÃÃo de redes extrapartidÃrias. Iremos abordar nesta dissertaÃÃo: a relaÃÃo da histÃria imediata com a academia; a produÃÃo do conhecimento histÃrico e a questÃo da verdade histÃrica; os desenvolvimentos qualitativos do capitalismo no sÃculo passado; o desenvolvimento da internet como parte da ampliaÃÃo das formas de reproduÃÃo do capital; a instalaÃÃo da internet no Brasil; os movimentos fascistas em suas transformaÃÃes; a trajetÃria pÃblica de Olavo de Carvalho; a constituiÃÃo e afirmaÃÃo do MÃdia Sem MÃscara; sua organizaÃÃo; peculiaridade discursiva; formas de atuaÃÃo para propaganda, cooptaÃÃo e formaÃÃo de seus leitores-militantes atravÃs da internet; os grupos sociais aos quais dirigem-se; sua rede extrapartidÃria; e suas premissas ideolÃgicas, enfatizando a especificidade de seu anticomunismo (o anticomunismo contra Gramsci).

ASSUNTO(S)

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