Os limites do sobrenatural: uma leitura do fantástico em Josué Guimarães

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A presente dissertação faz a análise dos contos A Visita, Uma noite de chuva e A travessia do escritor Josué Guimarães à luz dos ensinamentos teóricos de Tzvetan Todorov e de Felipe Furtado; com o intuito de especificar as peculiaridades do fantástico, do estranho e do maravilhoso em cada narrativa. Para tanto iniciamos com uma discussão teórica em que colocamos em diálogos os dois teóricos, objetivando salientar suas diferenças e semelhanças. Felipe Furtado em seu livro A construção do fantástico na narrativa (1980) critica a teoria e as definições de Todorov presentes no livro Introdução a literatura fantástica (1992). Ele argumenta que Todorov ao atribuir a primazia da definição do fantástico e também do estranho e do maravilhoso ao leitor está privilegiando um elemento secundário e não e não o principal a ambigüidade. Furtado centra sua conceituação do fantástico, do estranho e do maravilhoso na ambigüidade que surge na narrativa a partir da presença do elemento sobrenatural. Sua definição parte da evocação mútua dos elementos do texto que deverão voltar-se ao fantástico, caso haja a permanecia da ambigüidade, ou ao estranho caso ocorra à supremacia da realidade ou ao maravilhoso se os elementos e somarem para a manutenção de uma realidade arbitrária. Com os dois autores em diálogo analisamos os contos citados, objetivando explicitar os caminhos e as peculiaridades do sobrenatural em cada narrativa que compõem o corpus desta pesquisa e assim salientar as características de cada discurso

ASSUNTO(S)

maravilhoso estranho guimaraes, josue -- 1921-1986 -- critica e interpretacao fantastic fantástico o fantastico na literatura strange o maravilhoso na literatura literatura comparada wonderful

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