Os intelectuais e a ideia de universidade no Brasil dos anos 20

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Nesta dissertação investigamos quais os motivos por trás dos argumentos que defendiam a associação entre ensino e pesquisa dentro da universidade no Brasil durante a década de 1920. A pesquisa se estruturou em tomo de cinco idéias principais: 1) um dos motivos para justificar a união do ensino à pesquisa científica (fosse ela de tipo puro ou aplicado) residiria na tentativa de melhorar a qualidade do ensino; 2) a universidade de ensino e pesquisa seria uma forma de produzir, a partir de métodos científicos, saber original sobre o país; 3) a produção de saber original se ligaria à idéia de consolidar a cultura nacional; 4) a universidade seria o campo de atuação privilegiado de uma intelligentsia, de onde os intelectuais tentariam colocar em prática os seus projetos de sociedade; 5) a idéia de uma universidade de ensino e pesquisa encontrar-se-ia, levando em conta as colocações precedentes, de acordo com um projeto mais amplo, ao qual chamamos de "projeto de modernização". Duas entidades do período foram escolhidas como foco de atenção: a Academia Brasileira de Ciências (ARC) e a Associação Brasileira de Educação (ABE)., Ambas tiveram uma atuação destacada na defesa de um modelo de universidade que associasse o ensino à pesquisa dita "desinteressada", ou seja, sem aplicação prática. Utilizamos o conceito de intelligentsia para compreender a atuação dos intelectuais dessas duas instituições. Defendemos que os professores e cientistas reunidos na ABC e na ABE podem ser vistos como uma intelligentsia atuante e dotada de um pensamento utópico

ASSUNTO(S)

ensino superior - pesquisa - brasil utopias universidades e faculdades - brasil ciencia - brasil

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