Os gostos de Superbonita e Contemporâneo do GNT na formação de identidades do feminino e do masculino brasileiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta dissertação apresenta um recorte das mídias audiovisuais, no caso a televisão, considerada uma mídia expressiva da cultura contemporânea. Trata-se de um estudo do enfoque dado ao feminino e ao masculino por dois programas televisuais, Superbonita e Contemporâneo, transmitidos pelo canal de televisão a cabo GNT, que faz parte da rede de canais Globosat. Esses programas são temáticos, um aborda o universo feminino e o outro o masculino. A proposta principal deste estudo centra-se na investigação de como o GNT constrói discursivamente o gosto da audiência feminina e masculina. O objetivo central é mostrar como a identidade do sujeito se constitui para o outro em termos de gosto. Com base na identificação dos traços figurativos, a investigação realizada buscou respostas para como os simulacros do feminino e do masculino estão inscritos nas estruturas discursivas e sêmio-narrativas de Superbonita e Contemporâneo. Os efeitos de sentido gerados do recorte que esses programas televisuais fazem do padrão global são da ordem do espetacular, que é proveniente das encenações da mídia resultantes do modo pelo qual as situações são apresentadas nos quadros dos programas. O que é apresentado é uma situação não ensaiada que encena, em ato, os efeitos de sentido da experiência vivida. Na análise de Superbonita e de Contemporâneo usamos o arcabouço teórico-metodológico da Semiótica desenvolvida em torno de Algirdas Julien Greimas e as teorizações da Sociossemiótica de Eric Landowski priorizando os regimes interacionais como regimes de sentido. Tratamos das questões relacionadas à interação discursiva, às formas de gosto e ao encaminhamento para o consumo que estão colocadas em Superbonita e em Contemporâneo. O fazer complexo da mídia atua sobre três regimes interacionais, onde a lógica que prevalece é a da regularidade e da intencionalidade, o contágio acontece por uma forma de impressão, na qual o enunciatário vai reagir aos estímulos, aos impulsos dados pelo enunciador. O fazer sentir é explorado para mexer no volitivo da programação, pois o caminho percorrido para animar a volição passa pela sensibilidade

ASSUNTO(S)

comunicacao gosto superbonita (programa de televisao) gnt regimes interacionais identity homens -- identidade televisao -- semiotica taste sociossemiótica contemporaneo (programa de televisao) mulheres -- identidade sociossemiotic television interaction regimes

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