Os aneurismas intracranianos nas duas primeiras dÃcadas de vida: experiÃncia no Hospital da RestauraÃÃo, Recife, Pernambuco

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Os aneurismas arteriais intracranianos ocorrem em uma freqÃÃncia muito baixa nas duas primeiras dÃcadas de vida com um predomÃnio no sexo masculino. Na maioria dos casos, o sintoma inicial à um sangramento (HSA/HIP/HIV), mas sinais de hipertensÃo intracraniana, paralisia isolada de nervos cranianos, epilepsia, isquemia cerebral, cefalÃia esporÃdica ou mesmo achados incidentais podem ser as manifestaÃÃes reveladoras dessa grave enfermidade. A histÃria clÃnica freqÃentemente nÃo sugere antecedentes patolÃgicos, mas um nÃmero expressivo de traumatismos crÃnio encefÃlicos prÃvios de diferentes magnitudes alÃm de problemas infecciosos, principalmente a endocardite bacteriana estreptocÃcica, tÃm sido relacionados aos aneurismas incidentes nessa faixa etÃria. Existem grandes controvÃrsias na literatura em relaÃÃo à topografia e ao tamanho dos aneurismas, pois nas sÃries de autores de lÃngua inglesa os aneurismas da circulaÃÃo vÃrtebro-basilar e os de diÃmetro superiores a 25mm atingem valores acima aos encontrados nas sÃries originÃrias de paÃses de lÃnguas derivadas do latim. Outros autores sugerem que esses aneurismas ditos gigantes e da circulaÃÃo posterior sÃo mais peculiares Ãs crianÃas na faixa etÃria abaixo dos cinco anos, especialmente os lactentes. Apesar desses fatores complicadores, o vasoespasmo, tÃo temido nos pacientes adultos, parece exercer pouco efeito clÃnico mesmo nos casos com comprovaÃÃo angiogrÃfica. O presente estudo à constituÃdo por nove pacientes com idade variÃvel de 3 a 19 anos, porÃm sete deles tÃm de 10 a 14 anos. O sexo masculino predominou numa proporÃÃo de 2:1. Um sangramento foi a manifestaÃÃo clÃnica inicial em todos os casos. Duas crianÃas relatavam um TCE leve nas 24 horas que antecederam o sangramento, uma crianÃa estava no curso do tratamento de endocardite bacteriana e uma adolescente no curso do terceiro trimestre da gestaÃÃo. NÃo constatamos aneurismas mÃltiplos nem gigantes. Seis aneurismas estavam localizados na ACI, cinco deles ao nÃvel da bifurcaÃÃo. Dos sete pacientes que foram operados, cinco foram considerados curados e nenhum faleceu. Um dos Ãbitos foi decorrente de ressangramento, o outro por infecÃÃo grave

ASSUNTO(S)

aneurismas intracranianos adolescentes crianÃas ciÃncias da saÃde

Documentos Relacionados