“Os alunos teriam que estudar para poder comprar comida”: a escola guarani como necessidade, obrigação e direito

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Educ.

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/11/2017

RESUMO

RESUMO O presente trabalho busca problematizar a visão ocidental de educação enquanto direito humano universal, contrapondo-a às reivindicações guarani à escolarização enquanto direito intercultural. O trabalho parte de uma fundamentação teórica que discute a deslegitimação e o silenciamento das populações indígenas em virtude de suas diferenças em relação ao padrão de experiência e conhecimento ocidentais, assim como a relação dessa deslegitimação e silenciamento com a imposição da necessidade e obrigação universais à escolarização. Com base em uma metodologia de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, são interpretados discursos que servem de insumos para caracterizar o direito intercultural guarani à escolarização, assim como as funções, responsabilidades e práticas de conhecimento que cabem à educação escolar diferenciada guarani do ponto de vista dos professores indígenas da escola da comunidade do Tekoa Itaty, ou aldeia do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC).

ASSUNTO(S)

guarani educação escolar indígena direitos humanos

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