Ordem, beleza e perfeição do universo: a Filosofia da Natureza em Santo Agostinho

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A presente dissertação objetiva demonstrar que em seu itinerário cosmológico-filosófico, combatendo os discípulos de Mani, Santo Agostinho sendo densamente influenciado pela Filosofia Neoplatônica de Plotino e pela Teologia Escriturística-Cristã, constrói uma Filosofia da Natureza consistindo como linha mestra da exegese das Escrituras Judaico-Cristãs, mas principalmente do relato da criação exposto nos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, porém, com exegese na maior parte das vezes alegórica com prisma neoplatônico. Portanto, em sua filosofia do mundo, Agostinho fez o papel tanto de exegeta bíblico como de filósofo neoplatônico, gerando com isso uma cosmologia filosófica com elementos de ambos, limitando o primeiro para dar coerência filosófica, e o segundo para não contradizer as Escrituras. Estudaremos que a grande força motivadora e norteadora da Cosmologia Agostiniana foi o Dualismo Maniqueu, que entendia que o cosmos é resultado da mistura entre a luz (o bem) e as trevas (o mal), gerando assim seres que têm em suas naturezas partículas de luz e trevas, resultando assim a tese de que existem criaturas más e feias por natureza. Idéias como estas defendidas pelos Maniqueus de seu tempo, conduziu Agostinho a teorizar acerca de vários aspectos de sua Cosmologia, desde a teoria do início e processo da formação do mundo, à teoria do ordenamento holístico-cósmico, defendendo a tese de que o cosmos possui uma única fonte (creatio ex nihilo), Deus, e como ele é o Sumo Bem, a Natureza tanto perspectivada em cada criatura em particular, como pelo prisma da totalidade é boa, bela e perfeita.

ASSUNTO(S)

santo agostinho filosofia da natureza cosmologia filosófica filosofia augustine philosophy of the nature: philosophical cosmology

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