Optimização da perviabilidade do enxerto venoso na revascularização miocárdica: compreensão da fisiopatologia, novas drogas e avanços técnicos
AUTOR(ES)
LOURES, Danton R. Rocha, RIBEIRO, Edison José, MULINARI, Leonardo Andrade, CARVALHO, Roberto Gomes de, ALMEIDA, Rui Sequeira de, FELÍCIO, Marcelo Laneza
FONTE
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-03
RESUMO
Objetivo: Baseado nos modernos conceitos do comportamento endotelial do enxerto venoso, o objetivo deste trabalho foi identificar quais os principais fatores de obstrução no período imediato da cirurgia, quais e quando ocorrem as modificações morfológicas tardias e, finalmente, apontar os recursos aplicáveis para optimizar a perviabilidade imediata e tardia dos enxertos venosos. Casuística e Métodos: No período de 1971 a 1998 foram operados 3116 pacientes de revascularização miocárdica. Estes procedimentos foram analisados em três grupos- grupo I onde somente se empregou veia safena; grupo II onde somente se empregou artéria torácica interna e grupo III onde se empregou a associação de veia safena e artéria torácica interna. A incidência de reoperações foi analisada procurando identificar a perviabilidade dos diferentes enxertos e seus resultados. Foi realizada uma análise estatística empregando-se o teste de Qui-quadrado para averiguar a existência de diferenças de reoperados e mortalidade entre os três grupos. Resultados: O índice de mortalidade imediata variou de 1 a 7% no grupo I para 3,8 % no grupo II demonstrando diferença estatisticamente significativa (p= 0,0401). Foram reoperados 255 pacientes, sendo 3,8% no grupo II e 8,1% no grupo I demonstrando diferença estatisticamente significativa (p= 0,0094). Conclusões: Os resultados imediatos com os enxertos venosos dependem do manuseio cirúrgico, retirada. e preparo da veia, confecção das anastomoses e qualidade das artérias coronárias. Os resultados tardios entre o quinto e décimo anos sofrem a influência do espectro da aterosclerose. Os enxertos venosos representam maior incidência de reoperações quando comparados com os enxertos arteriais. Os enxertos venosos podem aumentar o grau de perviabilidade através da limitação do manuseio da veia safena, emprego de drogas como verapamil, triglicerina, papaverina, aprotinina, da profilaxia da aterosclerose e da uniformização da luz das veias irregularmente dilatadas através de enxertos tubulares híbridos.
ASSUNTO(S)
revascularização miocárdica artéria mamária veia safena artérias mamárias veia safena
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