Olfactory impairment in frontotemporal dementia: A systematic review and meta-analysis

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/06/2019

RESUMO

RESUMO. A demência frontotemporal apresenta-se clinicamente em três variantes: uma comportamental e duas com afasia progressiva primária - não fluente/agramática e semântica. Definida pelo processo degenerativo e atrofia cerebral, apresenta uma prevalência de disfunção olfatória de até 96% em séries anteriores. Objetivo: o presente estudo objetiva sintetizar criticamente dados sobre a relação entre DFT e o comprometimento olfatório para analisar a utilidade dos testes de avaliação olfatória como elemento complementar no diagnóstico precoce. Métodos: uma pesquisa de banco de dados foi realizada usando as palavras-chave “olfactory OR smell OR olfaction AND frontotemporal dementia”. Foram incluídos estudos que avaliaram a função olfatória em pacientes com diagnóstico de demência frontotemporal, todos os subtipos, em comparação com controles saudáveis pareados por idade. Para fins de comparação, o tamanho do efeito foi calculado usando D de Cohen. Os estudos selecionados foram separados por variante de demência e tipo de teste olfativo. Uma meta-análise foi realizada utilizando gráficos floresta - sua homogeneidade foi avaliada por testes estatísticos (i2 e Cochran Q). Resultados: dez artigos preencheram os critérios de inclusão. A heterogeneidade foi classificada como baixa para os grupos de identificação olfatória em demência semântica e discriminação olfatória em variante comportamental (i2 = 0 e 3.4%, respectivamente) e moderada para identificação olfatória no grupo de variante comportamental (i2 = 32.6%). Conclusão: pacientes com variante comportamental de demência frontotemporal parecem apresentar alterações na identificação de odores, com discriminação preservada. A identificação de odores parece estar prejudicada, também, na demência semântica. Desta forma, concluímos que a avaliação olfatória nesses pacientes é possivelmente impactada por alterações cognitivas e não por déficits sensoriais propriamente. A aplicação de testes olfatórios pode ser importante na diferenciação de estados prodrômicos de outros tipos de demência com comprometimento olfatório mais pronunciado.ABSTRACT. Frontotemporal dementia (FTD) presents clinically in three variants: one behavioral and two with progressive primary aphasia - non-fluent/agrammatic and semantic. Defined by the degenerative process and cerebral atrophy, olfactory dysfunction occurs in up to 96% of previous FTD case series. Objective: the present study aims to critically synthesize data about the relationship between FTD and olfactory impairment to analyze the usefulness of olfactory evaluation tests as a complementary element in early diagnosis. Methods: a database search was performed using the keywords “olfactory OR smell OR olfaction AND frontotemporal dementia”. We included studies that evaluated olfactory function in patients diagnosed with frontotemporal dementia, all subtypes, compared with age-matched healthy controls. For comparative purposes, the effect size was calculated using Cohen’s D. The studies selected were categorized according to dementia variant and olfactory test type. A meta-analysis was performed using forest plots - homogeneity was evaluated by statistical tests (i2 and Cochran Q). Results: ten articles met the inclusion criteria. Heterogeneity was classified as low for semantic dementia olfactory identification and behavioral variant olfactory discrimination groups (i2 = 0 and 3.4%, respectively) and as moderate for the behavioral variant olfactory identification group (i2 = 32.6%). Conclusion: patients with the frontotemporal dementia behavioral variant seem to present with alterations in odor identification, but with preserved discrimination. Scent identification also seems to be impaired in semantic dementia. Therefore, we conclude that olfactory evaluation in these patients is possibly impacted by cognitive alterations and not by sensory deficits. Application of olfactory tests may prove important in differentiating prodromal states from other types of dementia with more pronounced olfactory impairment.

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