Olfactory dysfunction in COVID-19: a marker of good prognosis?

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Introdução Em maio de 2020, a Organização Mundial da Saúde reconheceu a disfunção do olfato como um sintoma da C-19. A presença de hiposmia/anosmia pode ser um marcador de bom prognóstico na Covid-19. Objetivos Relacionar a presença do transtorno do olfato à gravidade do quadro clínico nos pacientes com Covid-19. Método Foram recrutados indivíduos com síndrome gripal causada pelo SARS-CoV-2, diagnosticados de março a junho de 2020. Eles foram divididos em três grupos: síndrome gripal leve; síndrome gripal grave (internados em enfermarias) e doença crítica (internados em UTI). Os doentes internados foram entrevistados por ligação telefônica após alta hospitalar e também tiveram seus prontuários avaliados para registro de exames complementares; os ambulatoriais responderam a um questionário eletrônico com somente informações clínicas. Resultados Participaram do estudo 261 pacientes: 23,75% com síndrome gripal leve, 57,85% com síndrome gripal grave e 18,40% com doença crítica. Ocorreu alteração do olfato em 66,28% doentes com Covid-19. Dos indivíduos, 56,58% apresentaram duração da alteração do olfato entre 9 dias e 2 meses. Houve significativamente maior proporção de indivíduos com disfunção olfatória no grupo com síndrome gripal leve do que nos graves (leves × graves - p < 0,001; odds ratio = 4,63; 95% IC [1,87-10,86]). Essa relação também se manteve entre os doentes leves e críticos (leves × críticos - p < 0,001; odds ratio = 9,28; 95% IC [3,52-25,53]). Conclusão A disfunção do olfato foi significantemente mais prevalente nos doentes com síndrome gripal leve na Covid-19. Pode ser um preditor de bom prognóstico dessa infecção. Novos estudos populacionais devem ser feitos para corroborar esses achados.

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