Óleo de quiabo como fonte alternativa para produção de biodiesel e avaliação de antioxidantes naturais em biodiesel etílico de soja / Okra oil as an alternative source for biodiesel production and evaluation of natural antioxidants in of soybean biodiesel ethyl.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/07/2011

RESUMO

O biodiesel foi implantado em escala comercial no Brasil em 2005 e atualmente vem sendo utilizado como aditivo no diesel, na proporção de 5%, se consolidando firmemente na matriz energética brasileira. No entanto, sua utilização ainda enfrenta sérios problemas inerentes a serem superados. Um aspecto envolve a questão da matéria-prima utilizada para a produção deste biocombustível, pois apesar do país ser um celeiro no cultivo de oleaginosas, a soja constitui-se ainda como a principal fonte produtora. Outro obstáculo é a alta susceptibilidade à oxidação de determinados tipos de biodiesel, que torna necessário o uso de aditivos antioxidantes para aumentar o tempo de vida útil dos mesmos. Neste trabalho foram avaliadas as qualidades técnicas combustíveis do biodiesel produzido a partir do óleo de quiabo, oleaginosa não convencional, e de blendas de biodiesel de quiabo e de soja nas proporções de 25 e 50% (v/v). Os resultados apontaram um perfil de ésteres de ácidos graxos do biodiesel de quiabo, com uma composição elevada de ésteres insaturados (65,42%) principalmente linoleato de etila, mas com uma quantidade expressiva de palmitato (30,44%). As propriedades de fluxo do biodiesel mostraram valores concordantes com o estabelecido pelas normas da ANP para comercialização. A estabilidade oxidativa realizada de acordo com a norma EN 14112 indicou um período de indução de 7,54 h, atendendo a especificação (6h). Em relação às blendas verificou-se que a adição de 50% de quiabo acresceu o período de indução da soja de 3,11 h para 5,80 h. Em contrapartida a blenda de 25% de biodiesel de quiabo apresentou efeito próoxidante ao biodiesel de soja. No presente estudo, investigou-se também a eficácia antioxidante de extratos naturais das cascas do limão siciliano e da romã e dos talos e folhas da erva camellia sinensis (chá-verde) na correção da estabilidade oxidativa do biodiesel de soja. Onde, verificou-se que todos os extratos apresentaram efeito antioxidante, elevando os períodos de indução do biodiesel etílico de soja nos três ensaios de oxidação acelerada realizados, PetroOxy, Rancimat e PDSC. O extrato etanólico de chá verde na concentração de 2000 mg kg-1 apresentou-se como o mais efetivo entre os demais, conseguindo adequar o período de indução do biodiesel de soja ao valor mínimo especificado (6 h), apontando a utilização destes extratos como aditivos antioxidantes promissores para correção da estabilidade oxidativa do biodiesel de soja.

ASSUNTO(S)

oxidative stability estabilidade oxidativa aditivos antioxidantes biodiesel quimica biodiesel additives antioxidants

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