Oleaginosas nativas do Cerrado apresentam perfis de ácidos graxos favoráveis à saúde cardiovascular

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Nutr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar a composição de nozes e sementes comestíveis nativas do cerrado, no que diz respeito aos ácidos graxos, e comparar com oleaginosas tradicionais. Métodos: A amêndoa de baru, a castanha-de-caju-do-cerrado e a amêndoa de pequi foram extraídas dos frutos com equipamentos apropriados. Todas as nozes e sementes comestíveis foram torradas, exceto a castanha-do-brasil. Os lipídeos das amostras foram extraídos a frio, os ácidos graxos foram esterificados e os ésteres de ácidos graxos foram analisados por cromatografia gasosa. Resultados: As nozes e sementes comestíveis tradicionais e nativas possuem, predominantemente, ácidos graxos monoinsaturados (42,72 g a 63,44 g/100 g), exceto a castanha-do-brasil, que apresentou predominância de ácidos graxos poli-insaturados (45,48 g/100 g). A amêndoa de pequi apresentou o maior teor de ácidos graxos saturados (36,14 g/100 g). Os ácidos graxos encontrados em maior concentração nas oleaginosas foram o ácido oleico e o linoleico; o ácido palmítico foi também detectado em proporções consideráveis. O perfil de ácidos graxos da castanha-de-caju-do-cerrado é comparável ao da castanha-de-caju tradicional. Quanto à relação entre ácidos graxos w-6 e w-3, a amêndoa de baru apresentou o valor de 9:1, mais próximo ao recomendado para consumo. Conclusão: O perfil de ácidos graxos das nozes e sementes comestíveis nativas do cerrado se assemelha ao das tradicionais. Sugere-se, portanto, a inclusão das oleaginosas nativas em planos alimentares que visem a redução do risco de doenças cardiovasculares, sobretudo a amêndoa de baru e a castanha-de-caju-do-cerrado, por suas elevadas concentrações de ácidos graxos monoinsaturados em relação aos ácidos graxos saturados.

ASSUNTO(S)

anacardium arachis hypogaea bertholletia excels caryocar brasiliense camb dipteryx alata vog

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