Ocorrência de secreção apócrina nas células epiteliais do intestino de larvas de Aedes aegypti L., Anopheles albitarsis Lynch-Arribálzaga e Culex quinquefasciatus say (Diptera: Culicidae): um mecanismo de defesa contra infecção causada por Bacillus sphaericus Neide?

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-10

RESUMO

Observou-se hipertrofia das células do epitélio intestinal de Aedes aegypti (L.), Anopheles albitarsis (Lynch-Arribálzaga) e Culex quinquefasciatus (Say) devido ao aumento da atividade secretora intracelular como primeira reação às toxinas das linhagens 2362 e S1116 de Bacillus sphaericus (Neide). Após a hipertrofia epitelial, formaram-se vesículas na porção apical das células, as quais eram compostas de fragmentos de membrana plasmática contendo material de natureza desconhecida em seu interior, caracterizando um tipo de secreção apócrina. A via de contaminação das larvas dos mosquitos por essas bactérias é pelo intestino, através da alimentação. Dependendo da espécie de Culicidade e da linhagem bacteriana utilizada, a hipertrofia do epitélio ocorreu entre 5 a 15 min após a exposição das larvas ao meio contaminado. O segundo aspecto observado no processo de contaminação foi o aumento da atividade de secreção apócrina. As vesículas basófilas que se desprendiam das células permaneciam entre a membrana peritrófica e o lúmen intestinal. Observou-se atividade secretora tanto no grupo controle como no experimental, porém muito mais intensa no grupo experimental. Os Culicidae estudados apresentaram diferenças marcantes nas respostas às toxinas das bactérias utilizadas, sendo C. quinquefasciatus a espécie mais suscetível. As diferenças de reações das células em relação às toxinas produzidas pelas duas linhagens bacterianas são discutidas.

ASSUNTO(S)

mosquito controle biológico virulência

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