Ocorrência de cianobactérias e detecção de microcistinas e saxitoxinas em reservatórios do semiárido brasileiro
AUTOR(ES)
Fonseca, Jessica Roberts, Vieira, Pryscila Cynara Soares, Kujbida, Paula, Costa, Ivaneide Alves Soares da
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
ResumoObjetivo: A proliferação acelerada de cianobactérias em mananciais e reservatórios tem causado sérios danos ecológicos e à saúde pública, e é um problema que desafia as instituições responsáveis pelo fornecimento de água para a população. Nesse trabalho, foi realizada a quantificação dos níveis de microcistinas, saxitoxinas e cianobactérias ao longo de 3 anos em reservatórios do semiárido do Rio Grande do Norte (Brasil). Além disso, foi avaliada a distribuição sazonal das cianotoxinas e a porcentagem de cianobactérias e cianotoxinas que estavam acima do valor permitido de acordo com a legislação brasileira.MétodosO estudo foi realizado entre os anos 2009 e 2011 em quatro açudes com seis pontos amostrais: Armando Ribeiro Gonçalves (ARG) em Itajá, São Rafael (SR) e Jucurutu; Passagem das Traíras (PT); Itans e Gargalheiras (GARG). As cianobactérias presentes foram quantificadas e identificadas e a presença de microcistinas (MCs) e saxitoxinas (STXs) foi investigada por ELISA.ResultadosAs densidades de cianobactérias revelaram-se acima do permitido em 76% dos casos. Já os resultados de ELISA mostraram que das 128 amostras analisadas, 27% estavam acima do máximo permitido pela Portaria do Ministério da Saúde 2914/2011. Foi encontrado um padrão sazonal para a presença de MCYs (0.00227 a 24.1954 µg.L–1), com os maiores valores encontrados no período chuvoso. Não foi encontrado um padrão sazonal para STXs (0.003 µg.L–1 a 0.766 µg.L–1).ConclusõesEsse trabalho mostrou a importância de se estabelecer a vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade já que a concentração de MCYs em algumas amostras estava acima do limite máximo admissível pela legislação brasileira, representando assim um risco à saúde pública já que o tratamento convencional da água não é capaz de eliminar essas potentes hepatotoxinas.
ASSUNTO(S)
microcistina saxitoxina elisa cianobactéria açudes do semiárido
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