Ocorrencia de Campylobacter fetus sub-especie jeruni em carcaças de frangos, suinos e bovinos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1984

RESUMO

pesquisar a ocorrência de C. fetus sub-espécie jejuni foram analisadas 120 amostras de carcaças frescas e visceradas provenientes de matadouros sob Inspeção Federal, sendo 40 de frangos de 55 - 60 dias, abatidos num matadouro localizado em Paulínia, 40 de suínos com cerca de 8 meses, de dois matadouros localizados em Piracicaba e Vinhedo e 40 de bovinos adultos, de dois matadouros localizados; em Piracicaba e Valinhos, todos no estado de São Paulo. A colheita foi feita durante o período de outubro de 1981 a janeiro de 1982. As amostras de frangos foram retiradas sobre a pele das regiões peitoral, ventral e dorsal, imediatamente antes da embalagem. As amostras de suínos e bovinos foram retiradas das meias-carcaças a pós a lavagem final, nas regiões dos músculos do pescoço, na parede abdominal interna, próximo à última costela e à rafe e nos músculos adutores da coxa, no local por onde a serra os dividiu. Cada amostra de carcaça foi obtida com auxílio de zaragatoas sobre uma superfície de 15 cm2, nas três regiões mencionadas, sendo portanto de 45 cm2 a área total analisada. O material era colocado em tubos com água peptonada a 0,1 % e transportado ao laboratório sob refrigeração, onde se procedia a análise dentro das três horas após a coleta. Apos homogeneização,_alíquota das diluições decimais foram espalhadas com alça de Drigalski em placas com ágar seletivo para campilobacter. A incubação se fazia a 42°C em atmosfera micro-aeróbia por 72 horas. Dez por cento das colônias típicas foram submetidas à verificação da morfologia e motilidade em microscopia de fase e à reação ao Gram. As culturas purificadas foram confirmadas por testes culturais, bioquímico-fisiológicos e de sensibilidade. As cepas de c. fetus sub-espécie jejuni isoladas de frangos e suínos foram sub metidas a tentativas para caracterização e diferenciação. Os testes efetuados para diferenciação das cepas do microrganismo apresentaram resultados variáveis, mas a tolerância a 1,0 mg de cloreto de trifenil tetrazolium por ml de meio e, em menor extensão, a produção de sulfeto de hidrogênio em meio padrão permitiram diferenciar a maioria das cepas. Com base nestes testes,a maioria das cepas isoladas de frangos assemelham-se ao C.jejuni e as de suíno ao C. coli. O c. fetus sub-espécie jejuni foi confirmado em 47,5% das amostras de frangos e 35,5% das amostras de suínos. O organismo foi detectado em níveis de menos de 10 células viáveis por cm2 em 1 amostra de frango e 7 de suínos, entre 10 e 100 células viáveis por cm2 em 16 amostras de frangos e 7 de suínos. O nível mais elevado de contaminação foi de mais de 100 células viáveis por cm2 em duas carcaças de frangos. As amostras de bovinos não apresentaram o microrganismo. Os resultados indicam que carcaças de frangos e suínos devem ser consideradas como prováveis veículos do microrganismo para o homem, no Brasil.

ASSUNTO(S)

alimentos de origem animal alimentos - adulteração e inspeção carne - carcaça

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