Obtenção e caracterização de revestimentos não trombogenicos, em tubos de PVC utilizados na circulação extracorporea
AUTOR(ES)
Juan Carlos Valdes Serra
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
As cirurgias cardiopulmonares são freqüentemente associadas a procedimentos de circulação extracorpórea (CEC), os quais necessitam de conectores, tubos, reservatórios, etc. O contato entre o sangue e superfícies artificiais na CEC provoca alterações adversas como, por exemplo, a adesão e destruição de glóbulos vermelhos, a adesão e agregação plaquetária e a ativação da coagulação sanguínea. Este trabalho compreende o desenvolvimento e caracterização de revestimentos superficiais não trombogênicos para utilização na superfície interna de tubos de poli(cloreto de vinila) (pVC), muito utilizados em procedimentos de circulação extracorpórea. Foram avaliados: tubos não revestidos, tubos revestidos com heparina-cloreto de benzalcônio e tubos revestidos com plasma de baixa energia (GlowDischarge). Os métodos para caracterização foram: microscopia óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV), determinação da rugosidade superficial, medidas de ângulo de contato, espectroscopia de infravermelho com reflexão interna múltipla (MIR) e avaliação do envelhecimento no revestimento. Também foi analisado o comportamento da hemocompatibilidade através da determinação de alguns parâmetros da coagulação: tempo de protrombina (TP), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), tempo de trombina (TI), fibrinogênio e número de plaquetas. As análises por MO mostram ranhuras no material, o que é atribuído ao processo de fabricação dos tubos (extrusão), observando-se que para aumentos analisados não existe diferença entre os substratos revestidos e não revestidos. Já nos resultados via MEV com aumentos maiores, observa-se os revestimentos com topografias superficiais diferentes em comparação ao substrato, dependendo do método de revestimento. Foi determinada a espessura do revestimento com heparina, apresentando uma distribuição homogênea oscilando por volta de 1 Ilm. O ensaio de rugosidade superficial para substratos não revestidos mostra, que o calibre mais rugoso foi o de 1/2" ( 12,7 mm), sendo o mais trombogênico. O ângulo de contato mostra que o componente polar para todos os revestimentos é menor que o componente dispersivo de energia superficial, demonstrando características de materiais hidrofóbicos em todos os revestimentos superficiais obtidos. No teste de infravermelho, conclui-se que as modificações causadas pelos revestimentos são muito superficiais, permitindo que a radiação fosse absorvida pelo substrato de PVC, demonstrando que o teste não é o adequado para avaliar estas modificações superficiais. O comportamento dos revestimentos quanto à hemocompatibilidade demonstrou que tubos revestidos com heparlna-cloreto de benzalcônio retardam os parâmetros da coagulação. Para revestimentos com plasma destaca-se o revestimento com SF6, que não provoca mudanças significativas nos parâmetros medidos, mantendo valores muitos parecidos com a amostra inicial, para um tempo de exposição in vitro de 2,5 horas
ASSUNTO(S)
superficies (tecnologia) revestimentos heparina plasma de baixa temperatura cloreto de polivinila
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000255824Documentos Relacionados
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