Óbitos fetais no Brasil: revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/04/2015

RESUMO

OBJETIVO Analisar frequência e fatores associados ao óbito fetal na literatura científica brasileira.MÉTODOS Revisão sistemática de estudos brasileiros sobre óbito fetal publicados entre 2003 e 2013. Foram analisados 27 artigos originais em três diferentes abordagens: quatro sobre qualidade da informação; 12 estudos descritivos e 11 sobre fatores associados aos óbitos fetais. Foram consultadas as bases de dados PubMed e Lilacs, com extração de dados e síntese realizada por dois ou mais pesquisadores, de forma independente.RESULTADOS A qualidade de preenchimento da declaração de óbito fetal mostrou-se ainda deficiente, tanto na completitude de variáveis, principalmente sociodemográficas, como na definição de causa básica. A mortalidade fetal apresentou queda no Brasil, mas persistiram desigualdades. As causas do óbito, quando adequadamente investigadas, indicaram morbidades maternas passíveis de prevenção e tratamento. Os principais fatores associados ao óbito fetal foram pré-natal inadequado ou ausente, baixa escolaridade, morbidades maternas e história reprodutiva desfavorável.CONCLUSÕES O pré-natal deve priorizar mulheres mais vulneráveis, socialmente ou em relação à história reprodutiva e morbidades, para diminuir a taxa de mortalidade fetal no Brasil. É necessária a qualificação do preenchimento da declaração de óbito e investimento nos comitês de investigação de óbito fetal e infantil.

ASSUNTO(S)

morte fetal, epidemiologia mortalidade fetal, tendências fatores de risco causas de morte atestado de Óbito registros de mortalidade sistemas de informação em saúde revisão

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