O volume expiratório forçado no primeiro segundo não é suficiente para avaliar resposta broncodilatadora em doença pulmonar obstrutiva crônica
AUTOR(ES)
Tavares, Felícia de Moraes Branco, Silva, Luiz Carlos Corrêa da, Rubin, Adalberto Sperb
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-10
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a freqüência de variação no volume expiratório forçado no primeiro segundo após o uso de broncodilatador, em uma amostra de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Correlacioná-la com dados clínicos e demográficos e avaliar a freqüência de resposta na capacidade vital forçada, capacidade vital lenta, capacidade inspiratória, volume residual, resistência das vias áreas e condutância das vias aéreas. MÉTODOS: Sessenta e quatro pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica foram submetidos a pletismografia de corpo inteiro e foi medida a reversibilidade da broncoconstrição após o uso de 400 µg de fenoterol. RESULTADOS: Tiveram resposta no volume expiratório forçado no primeiro segundo 31% dos pacientes. Excluindo-se os pacientes com resposta no volume expiratório forçado no primeiro segundo, 5% tiveram resposta em 5 dos demais parâmetros, 10% responderam em 4 parâmetros, 17,5% em 3, 27,5% em 2 e 25% em apenas 1 parâmetro. CONCLUSÃO: Os volumes pulmonares estáticos, a resistência e a condutância das vias aéreas, quando incluídos na avaliação da resposta ao broncodilatador juntamente com o volume expiratório forçado no primeiro segundo, permitem avaliar com maior amplitude o número de pacientes com resposta funcional à prova farmacodinâmica. Os resultados estão de acordo com a observação de que muitos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, mesmo sem melhora no volume expiratório forçado no primeiro segundo após o uso de broncodilatador, apresentam melhora clínica e alívio da dispnéia.
ASSUNTO(S)
doença pulmonar obstrutiva crônica broncodilatadores resistência das vias respiratórias testes de função respiratória capacidade vital volume expiratório forçado
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