O uso de Salvinia auriculata como bioindicador em ecossistemas aquáticos: biomassa e estrutura dependentes da concentração de cádmio

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-02

RESUMO

Este estudo apresenta, em diferentes níveis de abordagem, a resposta de Salvinia auriculata à poluição de ecossistemas aquáticos por cádmio (Cd). Rametes de S. auriculata foram cultivados em solução nutritiva e expostos a cinco tratamentos com Cd durante dez dias. Ao final do experimento, o número de novos rametes e a biomassa seca foram determinados. Para observações ultraestruturais, as folhas de S. auriculata foram analisadas utilizando-se um microscópio eletrônico de varredura e a microscopia eletrônica de transmissão. Ao final do experimento, as plantas expostas ao Cd apresentaram danos nas folhas, como necrose e clorose, além de estômatos deformados e tricomas danificados. Foi observado um menor número de rametes e diminuição da biomassa seca de S. auriculata com o aumento da concentração de Cd na solução. Em nível ultraestrutural, as folhas expostas ao Cd apresentaram má formação dos cloroplastos e deterioração da parede celular. Todos os sintomas de toxidade foram diretamente proporcionais à concentração de Cd na solução. Os resultados sugerem que S. auriculata apresenta um bom potencial para uso como bioindicador e pode ser usada em programas de biomonitoramento de ecossistemas aquáticos contaminados por Cd.

ASSUNTO(S)

planta aquática metal pesado indicador ecológico biomonitoramento

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