O uso da clavanina A nanoestruturada no controle da sepse polimicrobiana
AUTOR(ES)
Amanda Caroline Marques Saúde
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/02/2012
RESUMO
A resistencia de bacterias infecciosas a antibioticos tem sido considerada um enorme problema mundial. Alguns estudos tem demonstrado a eficiencia de peptideos extraidos de animais marinhos contra bacterias patogenicas humanas. Dentre estes, as clavaninas, peptideos cationicos isolados do tunicado marinho Styela clava, apresentam uma grande atividade bactericida. Neste trabalho a nanobiotecnologia foi utilizada para encapsular clavanina A, objetivando o desenvolvimento de nanoantibioticos injetaveis contra sepse bacteriana. Para isso, a clavanina A foi dissolvida em solucao de polimero EudragitR L100-55 e copolimero EudragitR RS30D (3:1 m:m). Os dados obtidos por microscopia de forca atomica e espectroscopia de espalhamento de luz dinamico, demonstraram que as nanoparticulas secas apresentam cerca de 120 nm e em solucao apresentam 372 nm, respectivamente, com potencial zeta de -7,16 mV e indice de polidispersao de 0,123. A taxa de encapsulacao foi de 98 %, obtida utilizando-se cromatografia de fase reversa em coluna Phenomenex C-18. Bioensaios in vitro demonstraram que a clavanina A nanoestruturada apresentou 91 % de atividade bactericida, enquanto o peptideo livre utilizando-se uma concentracao de 2 Ýg.ml-1, nao apresentou atividade inibitoria. Nas mesmas concentracoes o peptideo nanoestruturado causou 20 % de inibicao do desenvolvimento de K. pneumoniae e 40 % de P. aeruginosa. Nao foi encontrada atividade inibitoria contra as cepas de E. coli. As nanoparticulas contendo o peptideo antimicrobiano clavanina A nao apresentaram atividade hemolitica. Os ensaios de sepse in vivo foram realizados utilizando-se camundongos C57BL6 inoculados com 25 Ýl de suspensao bacteriana contendo as quatro especies bacterianas previamente coletadas do ceco de camundongos. Estes ensaios apresentaram 60 % de sobrevida dos camundongos induzidos a sepse letal na presenca do peptideo nanoestruturado (2 Ýg.ml-1). A clavanina A livre, em concentracoes similares, nao apresentou nenhum efeito de sobrevida. Os dados aqui reportados mostram que a clavanina A associada a nanoestrutura tem sua atividade aumentada e pode ser utilizada no tratamento de infeccoes bacterianas. Desta maneira, estes estudos sugerem que as nanoparticulas podem ser utilizadas como uma metodologia eficaz no desenvolvimento de produtos farmaceuticos e biotecnologicos atraves da potencializacao da acao dos peptideos nanoencapsulados.
ASSUNTO(S)
nanoparticles sepsis nanotecnologia biotecnologia bacterioses serviços de saúde engenharia genética genetica nanobiotecnhology clavanin a
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1629Documentos Relacionados
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