O transtorno bipolar na mulher
AUTOR(ES)
Guerra, Alexandro de Borja Gonçalves, Calil, Helena Maria
FONTE
Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Diferenças sexuais, descritas em vários transtornos psiquiátricos, também parecem estar presentes no transtorno afetivo bipolar (TAB). A prevalência do TAB tipo I se distribui igualmente entre mulheres e homens. Mulheres parecem estar sujeitas a um risco maior de ciclagem rápida e mania mista, condições que fariam do TAB um transtorno com curso mais prejudicial no sexo feminino. Uma diátese depressiva mais marcante, uso excessivo de antidepressivos e diferenças hormonais surgem como hipóteses para explicar essas diferenças fenomenológicas, apesar das quais, mulheres e homens parecem responder igualmente ao tratamento medicamentoso. A indicação de anticonvulsivantes como primeira escolha em mulheres é controversa, a não ser para o tratamento da mania mista e, talvez, da ciclagem rápida. O tratamento do TAB na gravidez deve levar em conta tanto os riscos de exposição aos medicamentos quanto à doença materna. A profilaxia do TAB no puerpério está fortemente indicada em decorrência do grande risco de recorrência da doença nesse período. Embora, de modo geral, as medicações psicotrópicas estejam contra-indicadas durante a amamentação, entre os estabilizadores do humor, a carbamazepina e o valproato são mais seguros do que o lítio. Mais estudos são necessários para a confirmação das diferenças de curso do TAB entre mulheres e homens e a investigação de possíveis diferenças na efetividade dos tratamentos.
ASSUNTO(S)
transtorno bipolar diferenças sexuais gravidez puerpério amamentação
Documentos Relacionados
- O tratamento farmacológico do transtorno bipolar na infância e adolescência
- Transtorno bipolar na infância e na adolescência
- Transtorno bipolar na infância e na adolescência
- Transtorno afetivo bipolar na infância e na adolescência
- O tratamento farmacológico do transtorno bipolar na infância e adolescência