O TRANSPLANTE HEPÁTICO POR HEPATOCARCINOMA NA ERA MELD EM SÃO PAULO: ANÁLISE DE 414 CASOS TRANSPLANTADOS PELO CRITÉRIO DE MILÃO/BRASIL

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Racional: O critério de Milão (CM) vem sendo utilizado como padrão para indicação do transplante hepático (TxH) por hepatocarcinoma (HCC) em todo mundo há quase 20 anos. Diversos centros têm adotado critérios expandidos com intuito de aumentar o número de pacientes candidatos ao transplante, mantendo bons índices de sobrevida. No Brasil, desde 2006, o critério de Milão/Brasil (CMB), que desconsidera nódulos <2 cm, é adotado, incluindo pacientes com maior número de nódulos pequenos. Objetivo: Avaliar o resultado do transplante hepático dentro do CMB. Métodos: Foram analisados os prontuários dos pacientes com HCC submetidos ao TxH em relação à recidiva e sobrevida através da comparação entre CM e CMB. Resultados: Em 414 TxH por HCC, a sobrevida em 1 e 5 anos foi de 84,1 e 72,7%. Destes, 7% atingiram o CMB através de downstaging, com sobrevida em 1 e 5 anos de 93,1 e 71,9%. O grupo de pacientes do CMB que excederam o CM (8,6%) teve sobrevida de 58,1% em cinco anos. Não houve diferença estatística na sobrevida entre os grupos CM, CMB e downstaging. A invasão vascular (p<0,001), tamanho do maior nódulo (p=0,001) e número de nódulos >2 cm (p=0,028) associaram-se com recidiva. A idade (p=0,001), sexo feminino (p<0,001), MELD real (p<0,001), invasão vascular (p=0,045) e o número de nódulos >2 cm (p<0,014) estiveram associados com a piora na sobrevida. Conclusões: O CMB aumentou em 8,6% as indicações de TxH e apresentou índices de sobrevida semelhantes ao CM.

ASSUNTO(S)

transplante hepático hepatocarcinoma meld.

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