O trabalho dos cuidadores de idosos na perspectiva da economia do care

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. katálysis

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/08/2019

RESUMO

Resumo As características e os desafios do trabalho dos cuidadores de idosos ainda são pouco investigados no Brasil. O presente artigo tem por objetivo explorar as percepções de cuidadores de idosos sobre seu trabalho a partir da perspectiva da Economia do Care. Por meio de uma pesquisa qualitativa, foram realizadas dez entrevistas com cuidadores que atendem no próprio domicílio do idoso. As entrevistas foram realizadas com base em um roteiro semiestruturado e analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Dessa análise emergiram quatro categorias sobre as características e desafios desse trabalho: a) apresenta-se aos cuidadores como necessidade para complementar a renda; b) é fonte geradora de sofrimento físico e psíquico; c) os cuidadores criticam a mercantilização do cuidado; e, d) apontam dificuldades para ajustar relações de intimidade, envolvimento afetivo e remuneração do trabalho. Os resultados permitem explorar as subjetividades envolvidas nesse trabalho e apontar intervenções para sua qualificação, oferecendo melhores condições aos cuidadores no ato de cuidar.Abstract The characteristics and work challenges of elderly caregivers are still little studied in Brazil. This article aims to explore the perceptions of elderly caregivers about their work from the perspective of the care economy. Through qualitative research, ten interviews were conducted with caregivers who offer their services to the elderly population in the person’s home. The interviews were conducted based on a semi-structured script and analyzed through content analysis. The study proposes four categories related to characteristics and challenges of this work: a) the job is presented to caregivers as a need to complement income; b) the job is a source of physical and mental suffering; c) caregivers criticize the commodification of care; and d) it points out difficulties in adjusting relationships of intimacy, affective involvement, and work compensation. The results allow exploring the subjectivity of this work and point out interventions to train workers, offering better conditions to caregivers.

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