O trabalho de enfermeiras e guardas municipais: identidade, gênero e poder
AUTOR(ES)
Silva, Eduardo Pinto e, Fabbro, Márcia Regina Cangiani, Heloani, Roberto
FONTE
Interface - Comunicação, Saúde, Educação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-12
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar aspectos comuns do trabalho da mulher em duas categorias profissionais: enfermeiras e guardas municipais. A análise realizou-se a partir de uma releitura de pesquisas anteriores dos autores. A metodologia baseou-se na comparação de aspectos do cotidiano de trabalho, tais como: ansiedade, tensão, risco de vida e medo. Foram abordados os conceitos de identidade, poder, gênero e ideologia defensiva. Apontou-se que o trabalho configura-se como elemento constitutivo da identidade, sendo perpassado pelas relações de gênero e de poder, historicamente constituídas e de caráter relacional. Argumentou-se que atividades profissionais que envolvem as situações de ansiedade, tensão e risco favorecem a constituição de ideologias defensivas de negação do medo e mobilizam o ideal de salvar vidas, atitudes heroicas e sentimentos ambivalentes. Concluiu-se que as situações de trabalho em ambas as profissões e as características da gestão e organização do trabalho propiciam sofrimento psíquico, estresse e conflitos identitários.
ASSUNTO(S)
trabalho feminino identidade gênero enfermeira guardas municipais
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