O TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE TERCIÁRIA: DESAFIOS EM BUSCA DE ASSISTÊNCIA QUALIFICADA / The Nursing Technician in Tertiary Health: a challenge in search of a qualified healthcare

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Com a mudança nas premissas da assistência de enfermagem, é necessário que os trabalhadores sejam mais participativos nas diversas esferas de saúde. O setor terciário é palco de dilemas controversos, no qual, ainda se desconhece a qualidade da assistência prestada pelo Técnico de Enfermagem, e se ele enfrenta os desafios quando se dispõe a dedicar uma assistência humanizada. Um novo modelo emerge para o fortalecimento do cuidado e ação educativa nas instituições de saúde. Há uma mudança na formação de enfermeiros e do mesmo modo com a formação do Técnico de Enfermagem, porém, este profissional não vem sendo preparado, especialmente para a implantação da Sistematização do Processo de Enfermagem. O presente trabalho teve o objetivo de reconhecer lacunas e possibilidades, na atuação dos técnicos de enfermagem, relacionadas à assistência qualificada. O estudo foi desenvolvido com abordagem qualitativa, utilizando-se a técnica de observação de egressos com até um ano de formação, em seu ambiente de trabalho, buscando reconhecer o seu aprendizado teórico-prático, assim como entrevistas com seus supervisores enfermeiros, com o intuito de validar as observações. Foi desenvolvido em uma instituição de saúde da Região Norte de Santa Catarina. Como resultados evidenciei três aspectos determinantes para avaliação dos dados. 1- Na relação da comunicação entre os funcionários e clientes a respeito de sua patologia, procedimentos e cuidados afins, observei que houve lacunas, de modo que torna-se imprescindível a relação de troca nos cuidados prestados, mas identificamos que a maioria dos técnicos de enfermagem acabava executando procedimentos sem solicitação de permissão do usuário ou anuência de seus familiares. 2- O cuidado e a aplicação da técnica durante a assistência de enfermagem nas quais os profissionais técnicos de enfermagem apresentam certa dificuldade, a começar por não compartilhar as ações previstas pelo enfermeiro com as pessoas sob cuidados. Percebi este problema quando os trabalhadores executavam ações de curativos, verificação de sinais vitais, administração de medicação, oxigenioterapia, banho no leito, troca de curativo, punção venosa, e outros. Três procedimentos chamaram a atenção. O curativo (tanto simples, como o contaminado), banho no leito e oxigenioterapia. Muitos deles acabavam comentando que só a escola não consegue preencher a lacuna do conhecimento e que "o que se aprende na escola é diferente do que é realizado no hospital. 3- Os aspectos determinantes de problemas encontrados na instituição, como sua planta física, recursos humanos, e outros, apontam que os TE mantém a mesma lógica tradicional de trabalho, porém não é possível determinar se isto é conseqüência somente do ensino tecnicista, ou se a organização do trabalho também comanda o comportamento observado, especialmente em relação à comunicação e interação. Assim, em relação aos pontos Saber-Ser e Saber-fazer, compreendemos que ainda há uma deficiência na aprendizagem oferecida e recebida por estes profissionais, tanto no aspecto teórico como prático. Por outro lado, a organização do trabalho não permite que este profissional tenha horas para dedicar-se às relações interpessoais durante o cuidado. Na verdade, do que observei ,percebi inúmeros problemas que podem ser sanados pelo ensino crítico e criativo. A questão, portanto, foi respondida em parte, mas forneceu muitas pistas sobre como acontecem os cuidados de enfermagem realizados pelos TE

ASSUNTO(S)

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