O surgimento do ambientalismo estatal e social na Argentina

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Adm. Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

A prematura criação da primeira agência ambiental na Argentina deu-se paralelamente ao retorno da democracia em 1973 e logo após a Conferência de Estocolmo de 1972. Porém, a criação de instituições ambientais estatais não foi incremental e só veio a ganhar força na década de 1990. Por sua vez, as organizações sociais ambientais têm surgido em ondas sucessivas desde meados da década de 1960 até hoje. O objetivo deste artigo é reconstruir a emergência das instituições ambientais e a forma como os atores estatais e sociais têm interagido ao longo deste processo. Argumenta-se que o ambientalismo social e a criação de instituições ambientais estatais percorreram caminhos paralelos, não tendo maior contato até o começo deste milênio, quando um novo tipo de ambientalismo social consegue influenciar a agenda governamental como consequência de uma série de conflitos ambientais. Argumenta-se também que, na Argentina, a trajetória de ambos os ambientalismos, o estatal e o social, deve ser entendida à luz da influência internacional, tanto ideológico-normativa como financeira, e da dinâmica do regime político. Em relação a este último, demonstra-se que tanto a mudança de regime quanto mudanças institucionais dentro do próprio regime favorecem o desenvolvimento de uma agenda pública ambiental e uma maior articulação dessa agenda com a agenda governamental.

ASSUNTO(S)

política ambiental ambientalismo social argentina

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