O sujeito não sabe o nome do que ele é : enigmas do nome próprio

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O nome próprio não permite calcular uma posição ou mesmo desenhar uma definição. Ele não diz quem ou o que somos e, ao mesmo tempo, é insubstituível. Se ele não diz quem ou o que somos; por que, para alguns, se impõe a necessidade de duplicar ¿ ou mesmo triplicar ¿ seus nomes? Prostitutas com seus nomes de batalha; moradores de rua, quando vão cometer algum delito; militares em situação de guerra; celebridades com seus nomes de artista. Essa dissertação parte da experiência de escuta de prostitutas num espaço de oficina de escrita, onde a duplicação do nome se colocou como elemento da construção de uma narrativa ficcional, para entender qual a função da reinvenção do nome próprio e suas relações com os modos de habitar o espaço público. Seu ponto de mira é discutir o que a duplicação do nome para as prostitutas pode dizer da relação dos sujeitos a seu nome próprio. Para desdobrarmos esta questão, utilizaremos a história ficcional produzida em oficina com esse grupo de mulheres, que resultou na publicação Mariposa, Uma Puta História e no vídeo-dança Quando Aprendeu a Pular. Nesse caminho, veremos como a duplicação dos nomes, como uma operação denegatória, pode nos dar notícias da condição própria à posição de sujeito: somos divididos e não sabemos de que matéria somos feitos.

ASSUNTO(S)

psychoanalysis psicanálise alteridade otherness name nome próprio prostituição prostitution

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