O SPECT pode mudar a estratégia cirúrgica nos pacientes com hiperparatireoidismo primário?

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

O hiperparatireoidismo primário (HPTP) é a causa mais comum de hipercalcemia diagnosticada ambulatorialmente. É mais frequente no sexo feminino e na pós-menopausa e a prevalência é de 1 a 4:1000 na população geral. O adenoma solitário esporádico secretor de PTH corresponde a 90% dos casos de HPTP, enquanto a doença multiglandular é mais comum nas síndromes de hiperparatireoidismo familiar (5%) e o carcinoma de paratireoide representa menos de 1% dos casos. Somente após a certeza da autonomia funcional de uma ou mais glândulas paratireoides é que devem ser realizados exames de imagem localizatórios, com a finalidade de planejar o procedimento cirúrgico. Além disso, esses exames apresentam limitações e podem resultar em falsos-positivos e negativos. Há casos em que a localização da glândula paratireoide é de extrema dificuldade, sendo necessária a associação de métodos de imagem para localização pré-operatória como o uso do 99mTc-pertecnetato, SPECT, SPECT/CT e a ultrassonografia. Descrevemos um caso de paciente feminina, 50 anos, com diagnóstico de hiperparatireoidismo primário, submetida a um procedimento cirúrgico sem sucesso, com manutenção da hipercalcemia e do hiperparatireoidismo, em que, somente após a realização da cintilografia associada ao SPECT/CT, foi possível localizar a glândula paratireoide hiperfuncionante em região retrotraqueal.

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